As dificuldades não desanimaram a delegação alagoana de tiro esportivo que conquistou mais de 70 medalhas no Campeonato Brasileiro de Tiro Esportivo. Com 15 atletas, sem patrocínio e enfrentando a burocracia, a delegação chegou ao pódio ao longo de toda competição. Toda equipe é formada por adultos de mais 30 anos, que se estabilizaram financeiramente.

Para conhecer a realidade desses atletas, a reportagem do Sindjus-AL acompanhou o treino do Oficial de Justiça Avaliador Federal Jamerson José de Santana no Clube Alagoano de Tiro Olímpico – CATO. Jamerson é recordista alagoano na modalidade de carabina mira aberta 25 metros e calibre menor.

Ele pratica o esporte desde 2009. Desde criança, sempre gostou de armas. “Brincava com tudo que envolvesse habilidade de atingir um alvo. No início, foi o estilingue, depois a carabina de pressão e hoje estou na modalidade que usa armas de fogo”, revela.

De acordo com ele, no tiro desportivo, há modalidades cujo treinamento também é útil para defesa pessoal, mas esse não é o foco. Jamerson usa arma longa, a carabina, que exige concentração e tiro de precisão. A cada 15 dias, ele treina no CATO. Também é filiado à Federação Alagoana de Tiro. No local, cada atirador possui sua arma. Para ser Atirador, é necessário ter registro no Exército, o CR – Certificado de Registro.

“É preciso deixar claro, definitivamente, que Atirador é a pessoa física registrada no Exército que pratica o esporte do tiro. Quem comete crimes com armas de fogo, na maioria das vezes, com armas ilegais, não são Atiradores, são criminosos”, esclarece.

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