Em entrevista ao Bom Dia Alagoas desta quinta-feira (27), o economista Cícero Péricles falou um pouco sobre o cenário econômico em Alagoas. Segundo o professor universitário, Alagoas vive um processo de reação econômica, e não, recuperação, com leve crescimento de todos os setores e um aumento significativo das micro e pequenas empresas e do setor turístico.

Na avaliação de Cícero Péricles, Alagoas cresceu – de forma negativa – nos anos de 2015 (-2,9%) e 2016 (-1,4%), obtendo leve crescimento no ano passado e superando a economia nacional neste ano. De acordo com ele, em 2018, todos os setores reagiram de forma positiva.

“Podemos afirmar que Alagoas está em uma fase de reação, mas não, de recuperação econômica. Comércio, serviços e indústria reagem bem, inclusive, a própria agricultura, que cresce no interior do estado, principalmente, na Zona da Mata, com as chuvas recorrentes. Como ainda estamos reagindo, a economia cresce lentamente”, explicou o economista.

CRESCIMENTO REAL

Péricles comentou que, em meio a esse cenário econômico, Alagoas pode comemorar – de forma significativa – o aumento das micro e pequenas empresas, bem como do setor de turismo, que integra o segmento de serviços.

“Em 2015, tínhamos 55 mil microempreendedores e, atualmente, estamos com 80 mil, superando a crise econômica. Quanto ao turismo, acabou a oscilação e, hoje, só vemos crescimento durante o ano inteiro”, destacou Cícero, acrescentando que outro ponto positivo são as consequências das negociações feitas pelo Estado em anos anteriores, o que reduziu, assim, as taxas de juros da dívida pública e otimizou a máquina estatal, atraindo investimentos.

DESEMPREGO

Quando questionado sobre a situação dos desempregados no estado, o economista lamentou o cenário ao frisar que Alagoas ainda amarga a taxa de desemprego de 17,1%, traduzindo a existência de 200 mil pessoas sem emprego.

“Alagoas possui a terceira maior taxa de crescimento de desemprego do país. Está muito difícil estabelecer um contrato de trabalho formal”, pontuou Péricles.

 

 Por Jobison Barros, com TV Gazeta