Os principais aspectos que envolvem a asma, principalmente sua forma grave, estão sendo debatidos por especialistas que estarão reunidos na cidade de Recife (PE). Médicos pneumologistas locais participam do XLV Congresso Brasileiro de Alergia e Imunologia para discutir o impacto da doença, principalmente de sua forma grave, na saúde do paciente, assim como a importância do diagnóstico precoce e preciso, diferenciando, por exemplo, uma asma mal tratada de uma forma mais grave.

Alagoas aparece em 8º lugar no ranking dos estados do nordeste com mais casos de internações por asma este ano. Os dados são do Ministério da Saúde, divulgados no Congresso Brasileiro de Alergia e Imunologia

Veja relação:

1º Bahia 8.679

2º Maranhão 4.122

3º Pernambuco 2.226

4º Piauí 2.121

5º Paraíba 1.289

6º Sergipe 938

7º Rio Grande do Norte 406

8º Alagoas 376

Total: 23.577

A asma grave causa falta de ar, inúmeras idas ao hospital, perda da qualidade de vida e crises, as chamadas exacerbações. A enfermidade é caracterizada por quadros de exacerbações frequentes, mesmo com o tratamento adequado, que inclui altas doses de corticoide inalatório e oral diariamente.

“A asma grave é uma doença crônica que depende essencialmente do controle, por meio dos tratamentos corretos que contribuam para uma melhor qualidade de vida do paciente. O diagnóstico preciso é essencial para distinguir uma asma mal tratada de outra em sua forma grave. É importante ressaltar que temos terapias modernas e eficazes que diminuem em 50% o uso de corticoide oral e em até 60% o número de internações hospitalares e visitas à emergência causadas pelos episódios de exacerbações,”, explica Bernardo Maranhão, médico pneumologista da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT).

Tratamento da asma grave

A evolução no manejo da asma grave para o tratamento eficaz da doença crônica será um dos destaques da agenda do encontro, incluindo a chegada de uma nova terapia que pretende suprir uma necessidade não atendida atualmente – o mepolizumabe, um anticorpo monoclonal humanizado da GSK – que pode impactar positivamente na qualidade de vida do paciente. De acordo com os estudos clínicos, o medicamento diminui em 50% o uso de corticoides oral e reduz em 60% as internações hospitalares e as visitas à emergência causadas pelos episódios de exacerbações

Fonte: Tribuna Hoje / Com assessoria