Depois de três exonerações, sendo duas de secretários estaduais, ligados ao Grupo dos 21, que apoiam a candidatura do deputado Marcelo Vítor (SD) à presidência da Assembleia Legislativa, o deputado Bruno Toledo (Pros), saiu em defesa dos colegas governistas.

O grupo se articulou antes do governador Renan Filho (MDB) definir que apoiaria o tio, Olavo Calheiros (MDB) para o comando da ALE, na próxima legislatura.

“Da forma como Renan Filho age, dá a entender que ele foi escolhido para presidir um conselho soviético e não governar um Estado democrático de Direito com poderes independentes e harmônicos. Ele não pode se portar como um coronel de chicote na mão a espera da subserviência legislativa”, criticou Toledo.

Defesa

O parlamentar decidiu se pronunciar, depois que Melina Freitas (Cultura), sobrinha do deputado Inácio Loiola (PDT), e Fernando Pereira (Desenvolvimento Social), irmão da deputada Jó Pereira (MDB) e Galba Neto (Procon), filho do deputado Galba Novaes (MDB), foram exonerados, possivelmente, por retaliação por não votarem no candidato do Palácio República dos Palmares.

Na última sexta-feira os deputados fizeram a última reunião que definiu a seguinte composição: Marcelo Vítor – presidente, Galba Novaes -1° vice, Yvan Beltrão 2° vice, Ângela Garrote – 3° vice, Paulo Dantas -1° secretário, Davi Davino Filho – 2° secretário, Marcos Barbosa -3° secretário, Tarcizo Freire – 4° secretário, Flavia Cavalcante – 1° suplente e  Dudu Ronalsa – 2° suplente.

Conforme analisou Toledo, a chapa é de total maioria de apoiadores do governo e, na ALE, a bancada governista também lhe dará folga nas votações.

“O governo continua com maioria esmagadora na assembleia. Até agora, apenas Davi Maia e eu decidimos seguir longe do executivo. O desejo de todos é eleger para presidente e para um dos maiores governistas do parlamento: Marcelo Victor, além dos demais cargos da mesa serem todos de deputados aliados ao governo. Renan Filho só destrói essa bancada se quiser”, concluiu Toledo.

A eleição para a Mesa Diretora ocorre, em fevereiro, na primeira sessão ordinária após o recesso parlamentar. Primeiro os deputados elegem o presidente e em seguida a Mesa Diretora.

 

Por Marcos Rodrigues | Portal Gazetaweb.com