O CSA conseguiu fazer valer o mando de campo e bateu o Salgueiro na noite deste domingo (17), no Estádio Rei Pelé. O artilheiro Patrick Fabiano marcou o único gol do jogo, garantiu os três pontos e a volta do Azulão ao segundo lugar do Grupo B da Copa do Nordeste, com oito pontos. O Carcará conheceu em Maceió a primeira derrota na competição, mas, mesmo com o revés, mantém a primeira colocação do Grupo A, com cinco pontos.

A equipe alagoana entrou em campo depois da 4ª rodada já ter iniciado, com isso alguns resultados haviam empurrado o CSA para a quarta posição da chave. Antes da partida, o time marujo estava empatado com cinco pontos com o Bahia, que enfrenta o Fortaleza no domingo (24). Ou seja, vencer o Salgueiro era fundamental para voltar a figurar entre os primeiros colocados e manter quente a chance de classificação.

Com a segunda posição assegurada e situação tranquila na Copa do Nordeste, o time de Marcelo Cabo volta a se preocupar com o Campeonato Alagoano, onde enfrenta o CEO, no mesmo Rei Pelé, no domingo (24). Já no dia 6 de março, tem o embate contra o rival CRB pelo Nordestão. O Salgueiro, pro sua vez, pega o América-PE, no dia 24, e depois encara o ABC, pelo Regional, no sábado 2 de março.

Primeiro tempo apático

Na liderança do seu grupo, o Salgueiro começou a partida mais ofensivo que o CSA. O volante Escuro era o mais acionado nos primeiros minutos e deu trabalho a Dawhan. Aos cinco, Willian Anicete, atacante o Carcará, passou por três jogadores da defensiva maruja na entrada da área, mas Celsinho conseguiu livrar o CSA do arremate.

No minuto seguinte, o Azulão respondeu despretensiosamente. Régis recebeu no corredor direito de ataque, invadiu a área e tentou cruzar para Victor Paraíba. Só que a bola fez uma curva estranha e quase surpreendeu o goleiro Luciano. Aos 10, Régis foi acionado mais uma vez, mas errou o passe para Matheus Sávio que entrava livre, sem marcação na área adversária.

Quando o relógio bateu 12 minutos, o árbitro Tarcisio Flores da Silva (CBF-RN) tentou acompanhar Willian Anicete e sentiu a coxa esquerda. Depois de cinco minutos de paralisação para atendimento médico, o juizão voltou ao jogo. Por pouco não sobrou para o quarto árbitro alagoano José Reinaldo Figueiredo (CBF) assumir o apito.

Vinte minutos de jogo e o CSA continuava em marcha lenta no gramado do Trapichão, era uma eternidade para agilizar as jogadas. Diferentemente do Salgueiro que ditava o ritmo do jogo. João Carlos via o time pernambucano se aproxima cada vez mais. O time azulino conseguiu assustar mesmo pela primeira vez aos 23. Matheus Sávio escapou pela esquerda e tocou para Régis que sozinho, na marca da cal, mandou no alto, longe da meta de Luciano. Grande chance de abrir o marcador perdida.

O Salgueiro era perigoso. Aos 25, o lateral esquerdo Jamerson pegou o corredor e foi calçado por Gerson. Falta perigosa a favor dos pernambucanos. Escuro pegou a redonda e mandou no meio da área, mas a defesa do CSA afastou. Só que a bola voltou nos pés de Willian Anicete. Ele, no meio da área, fintou Rafinha e bateu forte. João Carlos mostrou reflexo e mandou para a linha de fundo.

A partir desse susto foi que o CSA passou a se soltar. Aos 28, Sávio achou Patrick Fabiano no meio da zaga, só que o goleiro Luciano chegou abafando. Dois minutos depois, Victor Paraíba fintou o zagueiro Guilherme e sofreu falta. Matheus Sávio, o dono das bolas paradas, mandou para Régis, mas ele se enrolou todo com a redonda e praticamente recuou nas mãos de Luciano.

Suto mesmo veio dos pés do garoto Paraíba. Aos 32, ele puxou o contra-ataque do Azulão, tentou o passe para Patrick Fabiano, a defensiva cortou, só que a bola sobrou para Rafinha na entrada da área. De esquerda, o lateral solta uma pedrada e Luciano defendeu em dois tempos.

Talvez surpreso pelo crescimento do Azulão na partida, os jogadores da equipe pernambucana cometiam falta. Na cobrança de uma delas, Sávio cobrou com bastante efeito e acertou a trave. O gol parecia estar perto. No entanto não veio no primeiro tempo.

100% CSA

Na volta do intervalo, o técnico Marcelo Cabo optou pela experiência ao sacar Victor Paraíba e colocar o atacante Hiago para sufocar ainda mais o Salgueiro. E deu muito certo, o que se viu na sequência foi um massacre do setor de criação do time alagoano.

No primeiro minuto, Régis levou a marcação pela esquerda e bateu. A bola desviou na zaga e sobrou para Matheus Sávio. Ele, sozinho na pequena área, chutou fraco, mas mãos de Luciano. Quatro minutos mais tarde, Sávio mais uma vez apareceu com perigo. O camisa 10 pegou a bola na intermediária ofensiva, cortou para o meio e soltou o pé. A bola desviou e saiu da reta do gol. Sorte do Luciano.

Aos oito, Hiago puxou o contra-ataque pela esquerda e cruzou na cabeça de Patrick Fabiano. Mas o atacante errou o cabeceio e mandou para fora. Inacreditável! Na marca dos 15 minutos, mais uma bela trama ofensiva do CSA. Sávio, Didira e Hiago trocaram passes até acharem Rafinha no meio da área. O dono da lateral esquerda bateu forte e Luciano, mais uma vez, salvou o Carcará.

Mas, aos 18, não teve Luciano que impedisse o foguete que Patrick Fabiano cabeceou. O ponta Régis recebeu pela direita de ataque e coloca a bola na cabeça do “artilheiro das Arábias”. Azulão na frente: 1×0.

Com o resultado positivo foi o CSA quem passou a ditar o ritmo da partida, com trocas de passes na intermediária defensiva e chegada no ataque no momento em que quisesse. Aos 31 minutos, Sávio bateu escanteio no meio da pequena área buscando Dawhan. O volante não alcançou e a redonda sobrou para o zagueirão Gerson, mas o defensor bateu em cima de Guilherme e perdeu uma boa chance.

Com o jogo tranquilo e podendo marcar mais um a qualquer momento, o técnico Marcelo Cabo tirou Celsinho e colocou em campo o menino da base Gersinho, e a cria maruja mostrou que tem personalidade. Aos 38 minutos, puxou o contra-ataque pelo lado direito passou para Régis, que tocou para Fabiano. O artilheiro tentou driblar o goleiro na pequena área e perdeu a chance de fechar o caixão.

A partida terminou desta forma, com o CSA 100% inteiro em campo e encurralando o Salgueiro. Embora tenha mostrado que falta calibrar o pé na finalização, a vitória magrinha garantiu mais três pontos e a retomada da segunda posição do Grupo A da Copa do Nordeste.

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