A 9º edição Bienal Internacional do Livro de Alagoas começou nesta sexta-feira (1º) de um jeito diferente. Com um novo endereço o maior evento literário do estado segue até o dia 10 de novembro.

Neste ano, a edição acontece nas ruas e prédios históricos do bairro do Jaraguá, em Maceió. Com mais de 100 atrações nos três horários durantes os dez dias de programação, a feira, que tem como tema “Livro Aberto – Literatura, Liberdade e Autonomia”, espera receber mais de 300 mil visitantes.

A abertura contou com autoridades, expositores, organizadores e o público. Segundo a coordenadora da Bienal, a professora Elvira Cardoso, o evento, que acontecia sempre no Centro Cultural de Exposições Ruth Cardoso, mudou pois o número de visitantes vinha aumentando a cada edição. “O Centro de Convenções passava a sensação de que ele era pequeno para tanta gente. Além disso, o estacionamento de lá está em reforma, então tudo convergiu para que no 18º aniversário da Bienal nós fossemos à rua”, disse Elvira.

Nesta edição, o evento preza pela sustentabilidade. Com isso, as sacolas plásticas para embalar os livros estão proibidas. Além disso, serão utilizados totens eletrônicos para repassar as programações que acontecerão na Bienal.

Para quem compareceu ao dia da abertura da Bienal, a expectativa para o evento é enorme. A fotógrafa Thalita Chargel visita a feira quase todos os anos e falou sobre a mudança do local. “É maravilhoso ver o Jaraguá cheio de novo. É muito bom ver esse lugar que já foi o berço daqui transpirando cultura de novo”, afirmou.

Já para a estudante Izabel Lopes, o novo formato do evento vai chamar ainda mais a atenção do público. “Está tudo muito diferente do que era antes, achei bem legal por ser um espaço mais livre, onde as pessoas podem transitar e interagir”, conta Izabel.

Um dos expositores, que veio de Santana do Ipanema, José Malta, trouxe um novo jeito de abordar os escritores e os visitantes. Com uma mesa redonda, ele pretende atrair as pessoas de uma forma diferente. “A nossa participação tem como objetivo trazer os nossos escritores do Sertão. Nós somos genuinamente sertanejos e temos 36 títulos publicados. A nossa intenção é fazer um bate-papo com escritores, para que eles venham e sejam inseridos nesse mundo”, falou José.

O expositor falou um pouco sobre o que achou da mudança. “É uma audácia da organização, mas a escolha foi muito louvável. Primeiro porque você vai tirar o evento de um lugar só, pois você vai proporcionar que as pessoas não fiquem presas somente a esse universo. Por exemplo, elas vão assistir uma palestra na Associação Comercial, um prédio tão bonito como aquele. O maceioense precisa conhecer esse lado histórico, pois na maioria das vezes, eles não passam por aqui, acabam passando e conhecendo somente as praias da cidade.”

A Bienal Internacional do Livro de Alagoas é uma realização da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), por meio da Editora Universitária (Edufal), com o apoio da Prefeitura de Maceió. Com investimento de, aproximadamente, meio milhão de reais, todas as secretarias da Prefeitura estão envolvidas na logística e no desenvolvimento da Bienal.

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