CSA e CRB deram início aos treinamentos de forma virtual (“home training”) após o fim das férias coletivas de jogadores e da comissão técnica. Isso por que, com a pandemia do novo coronavírus (Covid-19), o futebol foi suspenso e segue sem previsão de retorno no Brasil.

E os goleiros, como estão voltando as atividades? Eles, que precisam treinar separados do grupo por terem fundamentos específicos, são os primeiros a entrarem em campo e os últimos saírem. Buscando a resposta para este questionamento, a Gazetaweb bateu um papo com os goleiros e seus preparadores: Edson Mardden e Luciano Fragoso, do CRB, e Thiago Rodrigues e Gustavo Scalese, do CSA.

No Azulão, Gustavo buscou entender a estrutura que os goleiros tinham para aplicar os dispositivos necessários e, assim, manter a preparação. “Primeiro conversamos com cada um para saber o que eles [jogadores] tinham de material e espaço físico para realizar os trabalhos. Praticamente, o trabalho individualiza dentro do que tem e eles contam com ajuda de algum amigo para fazer atividades com bola. A gente os acompanha semana por semana através dos vídeos para discussão. Após isso, nós passamos um feedback para a comissão técnica. Além disso, eles também treinam a parte física com o resto do elenco”, explicou.

Já no Galo da Praia, a diferença é visível. Sem poder trabalhar com bola, os arqueiros se juntam aos demais jogadores e apenas realizam treinos físicos com o preparador Tiago Melsert, como relatou Luciano Fragoso, preparador de goleiros do Regatas.

“Estou acompanhando os trabalhos deles através de vídeos com o preparador físico. Neste momento de pandemia, estamos impossibilitados de treinar com bola e nos resta pedir a Deus que isso acabe logo para que possamos trabalhar com bola o mais rápido possível, pois o goleiro tem que trabalhar a parte técnica. Por isso, eles estão se preparando junto ao demais jogadores”, disse Fragoso.

O goleiro do clube azulino, Thiago Rodrigues, buscou auxílio com um profissional para manter as atividades técnicas, além da parte física com o preparador Caio Gilli. “Tenho feito trabalhos técnicos com um treinador de goleiros que monta uma programação para mim e passo este planejamento para os profissionais do clube, que dão o aval e eu dou início. Por vezes, eu faço em dois períodos e, em outras, apenas um período. Além de manter a forma física com as atividades do clube. É o novo normal”, comentou.

Para os jogadores, o importante é manter a forma para ter menores danos possíveis. Edson Mardden, goleiro do CRB, lamenta não poder realizar os trabalhos técnicos e reforça a parte física.

“Infelizmente ainda não podemos treinar separadamente, com treinos específicos. É bastante importante para a nossa posição, e o que tá dando para fazer é trabalho físico e de força, além da musculação para tentar manter o mais próximo da preparação física ideal. E resta torcer para que, o mais breve possível, possamos voltar às atividades normais”, frisou.

Por Jean Nascimento | Portal Gazetaweb.com

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