Amigo da família, o carioca Francisco Assis esteve no Instituto Municipal Phillipe Pinel, na sexta (23), para levar produtos de higiene à modelo alagoana Eloísa Pontes, de 26 anos. Através das grades, em breve conversa a distância, ele percebeu a jovem com uma aparência melhor e ainda ansiosa para deixar o hospital clínico no Rio, onde ela está internada desde o último dia 6.

“Por causa da Covid-19, o hospital está muito bem protegido. A gente não pode nem chegar perto, fica atrás da grade. Quando ela me viu, perguntou se eu podia dar um abraço nela, mas o guarda disse que não. Ela está em bom estado, com boa aparência. Estava com a fala mais lenta, mas estava bem”, contou Assis.

Com as visitas a pacientes suspensas na unidade por conta da pandemia, só foi possível conversar de longe por poucos minutos. Eloísa repetiu o que havia falado com Assis dias antes por telefone.

“Perguntei se estava tudo bem, como estava, e ela fala: ‘Quando você vai me tirar daqui? Quando vou sair? E minha mãe como está? A gente se fala por telefone, mas é sempre a mesma coisa. Semana passada levei shampoo e escova de dentes para ela. Depois me ligou, me agradeceu”, disse Assis.

A modelo alagoana não tem previsão de alta e deve continuar o tratamento no hospital psiquiátrico. A transferência para uma clínica particular havia sido cogitada, mas, de acordo com Assis, não deve acontecer, ao menos nesse momento.

“Os médicos falaram que os remédios começaram a fazer efeito, que ela já está ficando mais centrada, mais tranquila do que quando chegou. O tratamento é de longo prazo. Mesmo ela saindo de lá, vai ter que continuar se tratando”, afirmou o amigo da família.

Em nota, a Secretaria de Saúde do Rio confirmou que Eloísa apresentou melhora, mas que segue em tratamento e sem previsão de alta. Disse ainda que outras informações sobre o estado clínico da modelo são restritas aos familiares.

O caso

Eloísa Fontes, de 26 anos, foi resgatada no Morro do Cantagalo, na Zona Sul do Rio, no último dia 6. Agentes da Operação Ipanema Presente localizaram a modelo, após serem advertidos por moradores em situação de rua. Desde então, ela está internada no Instituto Municipal Phillipe Pinel, onde já havia passado cerca de 20 dias em agosto.

Antes, a jovem chegou a ser internada nos hospitais Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca, e Jurandyr Manfredini, em Curicica, depois de ser vista em comunidades cariocas como Cidade de Deus e Jacarezinho. Ela desembarcou no Rio no início do ano, após temporada em Nova York, onde desapareceu por cinco dias em julho do ano passado. Eloísa foi encontrada desorientada, vagando pela metrópole americana.

Natural de Piranhas, em Alagoas, a modelo se mudou para São Paulo aos 17 anos e logo passou a desfilar na Europa. Eloísa participou de campanhas par marcas de grife como Dolce & Gabbana e Armani, além de ser capa de revistas de prestígio no mundo da moda.

Ela tem uma filha de 7 anos, fruto de relacionamento com o produtor executivo russo Vivien Birleanu, com quem se casou em 2014. Eles se separaram em 2016 e, desde então, a guarda da menina está com o ex-marido.

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