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O ex-ministro Antonio Palocci disse em delação premiada que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva sabia da 24ª fase da Lava Jato, que o levou à força para depor, em março de 2016. Segundo o ‘G1’, o depoimento de Palocci é parte de uma investigação sobre o vazamento dessa fase da operação.

De acordo com o ex-ministro, o presidente do Instituto Lula,
Paulo Okamoto, e a assessora, Clara Antl, sabiam que a operação contra o
petista seria realizada, mas não sabiam se ele seria preso ou conduzido
coercitivamente. Palocci disse que Okamoto contou ter “feito uma limpa”
na casa dele em Atiabaia, assim como Clara.

Segundo
o ex-ministro, os funcionários do instituto lamentaram o fato de Lula
não ter feito o mesmo, pois, na ocasião, foram encontrados documentos
comprometedores na casa do ex-presidente, em São Bernardo do Campo, e no
sítio em Atibaia.

Palocci disse ainda que documentos relevantes
deixaram de ser apreendidos na sede do Instituto Lula e na casa de
assessores do ex-presidente do local. O ex-ministro alegou ter tratado
diretamente com Clara sobre um HD no qual eram guardados os registros de
todas as reuniões feitas por Lula em seus dois governos. Os arquivos
não teriam sido levados pela Polícia Federal (PF).

Vazamento

A
auditora da Receita Federal Rosicler Veigel, que atuava na Lava Jato,
informou à PF que, em fevereiro de 2016, contou ao então namorado, o
jornalista Francisco José de Abreu Duarte, que uma “bomba” relacionada a
Lula estava prestes a “estourar”.

Rosicler disse ainda que levou
cópias de documentos da operação em que o petista seria alvo para casa.
Contudo, ela nega ter entregue esses documentos ao ex-namorado e o acusa
de ter retirado os papéis da bolsa dela, sem que ela soubesse.

O
jornalista, por sua vez, confirmou que vazou as informações para o ‘Blog
da Cidadania’, mas negou que partiram da auditora e invocou o direito
constitucional para proteger a fonte. Ele disse que manteve uma cópia da
decisão judicial sobre Lula que estava na bolsa de Rosicler.
Considerando que muitas informações da operação costumavam vazar, o
jornalista afirmou que não se arrepende da divulgação.

A PF concluiu o inquérito no dia 16 de janeiro. Agora, o Ministério Público Federal (MPF) avalia se oferece ou não denúncia à Justiça.

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