Há muito mais de um mês o senador Fernando Collor já sabia que teria seu pedido de prisão por 22 anos feito pela Procuradoria Geral da República.
O que ele fez?
Para não passar pelo vexame de assistir mais essa pancada, tratou logo de se licenciar do Senado, chamar a suplente Renilde Bulhões para assumir, e se mandar com a família para os Estados Unidos, onde está longe do burburinho.
Mas, ainda assim com um problema sério na justiça para ser resolvido. No, entanto, considerando quem é – proeminente personagem da elite política brasileira – tende a resolver esse drama, em que é acusado de corrupção e lavagem de quase R$ 60 milhões via BR Distribuidora (empresa da holding Petrobrás).
Em síntese: Collor não passará dificuldades jamais.
Quem passa dificuldades mesmo são os empregados da Organização Arnon de Mello. O grupo de comunicação do senador já demitiu em massa profissionais de todos os campos, mas principalmente jornalistas e radialistas.
A maioria – graças a nefasta Reforma Trabalhista que ele apoiou – se viu obrigada a parcelar em 12 ou mais meses os valores de suas indenizações e muitos já denunciaram que os acordos não estão sendo cumpridos.
Eis um drama que jogou ao desalento pais e mães de família e isso não tem nada a ver com o Lula, com a Dilma ou com o Bolsonaro.
Agora, na data base dos jornalistas, a Organização Arnon de Mello já decidiu que vai reduzir os salários de seu pessoal, conforme denúncia feita pelo Sindicato dos Jornalistas.
Também corre nas redes sociais uma nota de solidariedade a antigos profissionais da Rádio Gazeta de Alagoas que estariam sendo demitidos, uma vez que a empresa mudou de frequência de AM para FM 98.
Entre os profissionais citados estão Gilberto Lima, Fernando Palmeira, Odivar Santos e outros. A notícia ainda não foi confirmada.
O certo é que o Senador Collor está nos “states” com o bolso cheio para gastar como e onde quiser.
Enquanto, aqui, os funcionários e demitidos da Organização Arnon de Mello estão passando com o pão que o diabo amassou.