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Alvo de algumas críticas por parte de outros treinadores desde a chegada ao Flamengo, no meio deste ano, o técnico Jorge Jesus se mostrou incomodado. Em entrevista após a vitória sobre o Grêmio, na tarde deste domingo, pelo Campeonato Brasileiro, o comandante rubro-negro falou em “agressividade verbal”, “mentes fechadas” e ressaltou como foi o tratamento que técnicos brasileiros receberam quando trabalharam em Portugal.

Jesus fez questão de apontar que não veio ao Brasil para “tirar lugar de ninguém”, citou o exemplo de Luiz Felipe Scolari, que treinou a seleção portuguesa e teve o carinho dos colegas, e salientou que ter profissionais de outros países é uma tendência da globalização.

“Sobre os meus colegas… Vim para o Brasil, sou um treinador como eles. Não vim tirar lugar de ninguém, não vim ensinar a ninguém. Não sou melhor e nem pior do que nenhum. Queria lembrar aos meus colegas que em Portugal já trabalhou um brasileiro: o Scolari. Scolari é acarinhado pelos portugueses. Autuori, Renê Simões, Abel… E muitos outros. Quando estiveram lá, tentamos aprender. Não havia essa agressividade verbal que há comigo. Não entendo essas mentes fechadas. Não me incomoda. Quero que meus colegas cresçam. Não sabem o que é globalização. Que de uma vez por todas tirem os fantasmas da cabeça, porque o Brasil tem grandes treinadores”, disse.

A declaração acontece após um triunfo sobre Grêmio, que é comandado por Renato Gaúcho, com que trocou farpas antes da semifinal da Libertadores.

O Flamengo ocupa a liderança do Campeonato Brasileiro e pode se sagrar campeão no próximo fim de semana, mesmo sem nem sequer entrar em campo, já que a partida da 34ª rodada, o clássico com o Vasco, foi adiantado.

O duelo aconteceu em uma data diferente da marcada originalmente por conta da final da Libertadores, em que o time rubro-negro vai encarar o River Plate, da Argentina, no sábado, em Lima, no Peru.

(UOL/FOLHAPRESS)