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Imerso na crise, o Internacional enfrenta o e Boca Juniors nesta quarta-feira, às 21h30, no Beira-Rio, no jogo de ida das oitavas de final da Copa Libertadores. E diante do poderoso rival, a equipe gaúcha buscará recuperar a intensidade para reagir e não decidir a série, na Argentina, em situação complicada.

O Inter passou recentemente por uma mudança de técnico, com uma polêmica saída de Eduardo Coudet, que foi para o espanhol Celta e o retorno de Abel Braga, multicampeão pelo clube. E ainda não conseguiu recuperar o rumo, a ponto de somar cinco jogos sem vitórias no Campeonato Brasileiro. Passou a ser visto sob desconfiança, em um cenário que só piorou nos últimos dias.

Na semana passada, afinal, o Inter foi eliminado nas quartas de final da Copa do Brasil ao perder nos pênaltis para o América Mineiro. Depois, se distanciou de Atlético-MG e Flamengo, os líderes do Brasileirão, com a derrota para o Fluminense, no seu estádio.

Para reagir, o Inter deve apostar nas mudanças. O time ainda não poderá ter o técnico Abel Braga no banco de reservas por ter contraído o novo coronavírus, sendo novamente dirigido pelo auxiliar Leomir. Uma troca certa é na zaga, com o suspenso Víctor Cuesta sendo substituído por Rodrigo Moledo, recuperado de lesão. Contundido, Rodinei não poderá ocupar a lateral direita, abrindo caminho para a escalação de Heitor, assim como Uendel segue na esquerda, pois Moisés segue entregue ao departamento médico.

O Inter também não terá três goleiros à disposição – Danilo Fernandes, Keiller e Daniel -, todos com o coronavírus. E isso fará Emerson Junior, de 20 anos, ficar como opção no banco para Marcelo Lomba diante do Boca.

Mas, se na formação da defesa não há muitas dúvidas, o que não faltam são incertezas e opções do meio para a frente. Rodrigo Dourado deve jogar no meio-campo, mesmo que tenha deixado o duelo contra o Fluminense reclamando de dores, mas o aproveitamento de Patrick é uma incógnita, o que deixa Caio Vidal, titular no fim de semana, de sobreaviso, assim como Yuri Alberto, o que provocaria o recuo de Yuri Alberto. E há a disputa por uma vaga entre Rodrigo Lindoso e o recém-inscrito na Libertadores Maurício, o que deverá determinar uma formação mais ofensiva ou cautelosa no Beira-Rio.

Certo mesmo é que o Inter deve apostar em D’Alessandro e Thiago Galhardo para liderar o setor ofensivo diante do Boca. Para o veterano argentino, de 39 anos, o duelo será o início da sua despedida do clube, afinal, na última segunda, ele comunicou que não vai permanecer na equipe ao fim da temporada, um cenário que deve ampliar a crise e o distanciamento entre torcedores e dirigentes.

Já Galhardo é um dos destaques do futebol nacional em 2020, com 21 gols marcados em 43 jogos, algo que lhe rendeu, inclusive, uma convocação para a seleção brasileira. Mas ainda não fez nenhum na Libertadores, mesmo tendo atuado sete vezes na competição pelo time gaúcho.

O Boca Juniors também tem oscilado, mas confia na defesa que só sofreu um gol na Libertadores para voltar a Buenos Aires em cenário confortável. O clube vem de duas derrotas no Campeonato Argentino, a última delas por 2 a 1 para o Lanús. O técnico Miguel Ángel Russo aguarda a recuperação de Eduardo Salvio, artilheiro do time na Libertadores, com três gols, para definir a escalação da equipe – Soldano será acionado caso o titular seja vetado pelos médicos. E o treinador deve apostar em Tévez e no colombiano Edwin Cardona para liderarem o time no Beira-Rio.

A partida de volta entre Inter e Boca foi agendada para a próxima quarta-feira, no estádio La Bombonera. E quem avançar às quartas de final terá pela frente o vencedor da série entre Racing e Flamengo.

Por Estadao Conteudo \ NOTÍCIAS AO MINUTO

FOTO: © Getty Images \ Esporte Inter