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O vereador Fábio Costa (PSB) defende que a Guarda Municipal de Maceió deve se tornar um “braço forte na segurança pública” em defesa do cidadão. Para isso, o vereador é favorável que os guardas tenham acesso a armas como fuzis e pretende destinar emendas impositivas para a Secretaria Municipal de Segurança Comunitária e Convívio Social (SEMSCS), que tem como titular o secretário Thiago Prado.

As emendas impositivas são recursos que cada parlamentar pode usar para financiar obras ou projetos no município, como a compra de ambulâncias ou a construção de equipamentos públicos.

“Por anos, a Guarda Municipal de Maceió foi vista e aparelhada apenas para defender o patrimônio público e na prática, essa não é a única função dela. Em minha fala, eu defendi a valorização da categoria para melhor desempenhar o seu papel, paramentado a Guarda Municipal para torná-la, efetivamente, um braço forte na segurança pública em defesa do cidadão”, disse Fábio Costa em entrevista ao Tribuna Independente.

Ele afirma ainda que a Guarda Municipal faz parte do Sistema Único de Segurança Pública e atua com policiamento preventivo e auxilia o trabalho feito pela Polícia Militar. “Investir em segurança pública não causa nenhum prejuízo para a população e os órgãos responsáveis não devem esperar o criminoso ficar mais poderoso, mas sim, dar condições para que o município esteja capacitado para todo tipo de situação”, concluiu.

Fábio Costa também concedeu entrevista ao portal de notícias BR104. Nela, o vereador voltou a dizer que boa parte de suas emendas será para a Segurança Comunitária adquirir, quem sabe, até fuzis.

“Eu já me comprometi com o secretário Thiago Prado de destinar boa parte da minha emenda parlamentar que terei direito, vou destinar para aquisição de armamento da Guarda Municipal. A gente espera, inclusive, que possa adquirir algumas armas longas, quem sabe até fuzis, para Guarda Municipal de Maceió”, disse.

HUMANIZAÇÃO DAS POLÍCIAS

A cientista política Luciana Santana explica que compete ao Estado as diretrizes de segurança pública a serem adotadas em todos os estados e municípios do Brasil.

“Não vejo razão que justifique hoje a compra de fuzis que irão gerar operações de guerra na luta contra a criminalidade. Isso não vai resolver o problema da segurança pública. Acho que está muito claro que é necessário um processo maior de humanização das polícias para lidar com muitas situações”, opina.

“A gente sabe que muitos inocentes morrem nessas operações e é preciso ter cautela. Não acredito que seja competência de um vereador, no âmbito municipal, definir esse tipo de política. Também não posso afirmar se ele pode usar os recursos das emendas impositivas para a compra de fuzis. Deve haver uma decisão interna no Legislativo até chegar ao Executivo que pode executar a medida, caso seja aprovada”, concluiu.

A Tribuna quis saber a opinião do secretário Thiago Prado sobre a possibilidade de compra de fuzis para armar a Guarda Municipal, mas até o fechamento desta edição, não conseguimos contato. A reportagem também buscou saber da Prefeitura de Maceió se os recursos do orçamento impositivo já foram liberados para a Câmara de Vereadores, no entanto não houve resposta sobre o assunto.

Fonte: Tribuna Independente / Texto: Thayanne Magalhães
(Foto: Assessoria)