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Luciano Szafir diz que “O Clone” – no ar no Vale a Pena Ver de Novo – trouxe reconhecimento internacional. Além de mensagens de pessoas de vários países, ele já passou por situações inusitadas por conta da novela:

– Uma vez eu estava em Nova York, na alfândega, e a segurança me chamou para um canto. Eu me assustei, achei que houvesse algo errado. De repente, ela falou com algumas colegas e pediram para tirar fotos comigo. Eram fãs da novela e tinham me reconhecido.

O ator lembra que fez uma longa preparação para viver Zein, personagem sedutor que era apelidado por maridos e namorados na história como “A maldição do faraó”:

– O personagem aparecia dançando sempre. Eu precisei fazer aulas para aprender porque sou duro como uma porta. E o engraçado é que depois eu chegava aos lugares e as pessoas me pediam para dançar. Eu respondia desesperado dizendo que não sei dançar.

O personagem acabou ganhando um grande destaque na trama. Com isso, afirma Szafir, o assédio nas ruas também cresceu:

Logo após a novela, fiz uma viagem para a Argentina. Eu estava num shopping e fui reconhecido, foi um caos. Foram necessários oito carros da polícia para eu conseguir sair de lá. Teve também uma vez que eu estava na Bahia por conta de uma peça de teatro. Eu acordei pela manhã, no hotel, e, quando abri o armário, havia três meninas dentro.

Aos 53 anos, o ator ainda se recupera das sequelas da Covid-19. No ano passado, ele foi intubado e ficou internado por mais de mês, tendo que passar por cirurgias, entre elas uma colostomia. Ele conta que ainda precisa fazer duas cirurgias, uma para a reconstrução do intestino e uma na perna.

– Estou passando por algumas dificuldades. Tenho dor o tempo todo e tudo é muito cansativo. Mas estou grato e otimista. Acho que daqui a uns dois ou três meses estarei zerado. Quando você passa por uma experiência de quase morte, você começa a dar mais valor para a sua vida e as dos outros. Neste sentido, eu estou muito sensível. Não consigo mais ver filmes violentos e o noticiário. Tudo me abala. Não virei a Madre Teresa, mas também passei a perdoar mais, até quando sei que estou certo. Não passo uma noite brigado com a minha mulher.

Ele é pai de David e Mikael, frutos do seu casamento atual, com Luhanna, e Sasha, do seu relacionamento com Xuxa. Os meninos moram com ele. Já com Sasha ele diz que fala praticamente todos os dias:

– Por mim, eu falaria três vezes ao dia com ela, mas ela não aguenta. Eu sempre uso o golpe baixo de ligar e dizer que os irmãos querem falar com ela. Ela ama os meninos de paixão.

O ator, também, não poupa elogios ao genro, João Figueiredo.

– O João é um doce de menino e acho muito bonita a relação dele e da Sasha. Os pais dele são ótimos também. Eu descobri que conhecia o pai dele desde a adolescência.6 Os nossos amigos são os mesmos.

Szafir, que mora no Rio de Janeiro, está planejando se mudar em breve para o interior de São Paulo.

– Vivo no Rio há mais de 20 anos e acho que não existe lugar mais bonito no mundo. Mas a cidade está violenta demais para o meu gosto. Eu penso, por exemplo, como será daqui a cerca de dez anos, quando os meus filhos começarem a sair para a noite. Prefiro ir para uma cidade mais tranquila. Além disso, a Sasha e a minha mãe moram em São Paulo. Quero estar mais perto.

GLOBO.COM \ PATRICIA KOGUT

Foto: Reprodução/ Instagram)