Márcio Araújo, de 38 anos, ex-jogador do Flamengo, Palmeiras, Atlético Mineiro e também do CSA, marcou presença neste domingo no Pure Beach, em Marechal Deodoro (AL), um dos maiores eventos do mundo de Beach Tennis, realizado na paradisíaca Praia do Francês, com mais de 1.300 atletas de 12 países e de todo o Brasil.
Márcio acompanhou sua esposa Ludimila e comemorou as duas conquistas no torneio amador nas categorias Dupla Feminina C e Dupla Mista C . Ludimila começou a jogar em Boa Viagem, no Recife, quando Márcio atuava no Sport e já é a segunda vez que sai do Maranhão, onde vive, para disputar torneios no esporte: “Ano passado ela foi na Copa das Federações em Santa Catarina. Eu já viajei com ela para o interior. Estando aposentado agora estou fazendo o inverso antes ela me acompanhava, agora eu que estou acompanhando ela (risos)”, disse Márcio que cada vez mais toma gosto pelo esporte: “Eu bato minha bolinha também de vez em quando no Beach Tennis”.
Márcio Araújo ainda não disputa torneios de Beach, mas segue a tônica de atletas e ex-atletas de futebol como Rafael Moura, o He-Man, Éverton Ribeiro, Thiago Neves, Tinga, entre outros, que praticam o esporte na areia: “Por enquanto o Beach Tennis é só lazer. Já joguei com o Everton Ribeiro , a esposa dele é amiga da minha esposa. He-Man (Rafael Moura) também, conheci no meu início de carreira no Atlético Mineiro , feliz por ele estar jogando bem na modalidade, disputando profissional, quer dizer que ele evoluiu muito , tem facilidade por ter uma altura boa, mas isso não impede da gente brincar de vez em quando”.
As conquistas de Ludimila não são inéditas e agora ela deve subir de nível para vir na próxima edição do torneio alagoano: “Em São Luis minha esposa ganha bastante, ela se dedica bastante, até mais do que eu que sou mais acanhado. Pressão agora é pra subir de nível, mas feliz pois ela gosta muito e é um esporte que agrega muito não só pra ela, mas no geral para várias pessoas com sedentarismo . Beach Tennis é um esporte que gosto de jogar”.
Márcio não fez um anúncio de aposentadoria. Com uma personalidade mais na dele, parou de jogar profissionalmente após não se recuperar de cirurgias no calcanhar: “Aposentei no ano passado, faz dois anos que fiz uma cirurgia e acabei não voltando legal. Tinha dois caroços no meu calcanhar que raspei e não voltei legal e não dava mais pra jogar. O último clube foi o Sampaio Corrêa . Cheguei a ser contratado pelo IAPE, treinei lá, mas nos treinamentos não senti bem meu pé e decidi parar, meu pé inchava bastante. Não fiz nenhum anúncio de aposentadoria, sou mais low profile”.
“Minha vida toda foi assim sou grato a Deus por minha carreira, as pessoas sabem de onde saí, de onde vim , as dificuldades que passei, é um privilégio meu sair de onde saí e conseguir vencer na vida e consegui cumprir objetivos no futebol e sou grato por isso por transformar o pouco que tinha em muito jogando em várias equipes”.
Ele comentou que o Flamengo foi sua passagem mais marcante e destacou um momento pelo clube e pelo Atlético Mineiro: “Nos três times eu tive momentos altos e baixos , joguei muitos jogos no Flamengo, Atlético (MG) e Palmeiras e sempre falo que era sempre cobrado nos três porque jogava muito então era fácil de ser lembrado, mas sou grato a Deus por isso. Pessoal aqui do Nordeste ou é Vasco ou é Flamengo. E o Flamengo era meu time de coração, ter realizado esse sonho de me tornar um jogador de futebol atuando num grande time como o Flamengo que era meu time foi o momento mais marcante da minha vida”, lembrou.
“Meu melhor momento foi no Atlético (MG), foi meu último ano lá, 2009, lideramos o campeonato, brigamos por vaga na Libertadores com um time mediano, foi meu melhor Campeonato Brasileiro. Pelo Flamengo fiz uma boa Libertadores. Meu início no Palmeiras foi muito bom”.
Por seu estilo de jogo mais de contensão e apoio à zaga, Márcio Araújo era muito criticado , mas não guarda ressentimentos: “Não tenho nenhuma mágoa, só gratidão mesmo tendo jogado nos grandes times que joguei . Não tenho do que reclamar. Questão de conquistas os times que joguei estavam em processo de reconstrução quando chegava a fase boa eu decidia sair também. Já estava há um bom tempo e era hora de sair. Se tivesse ficado no Atlético teria sido campeão, no Flamengo também, tive proposta para continuar. Talvez eu não seja lembrado em relação aos títulos, mas sei que sempre participei dessas equipes em períodos de reconstruções”.
E agora como aposentado, o maranhense já começou um novo projeto de vida ao lado do cunhado. Ele virou empresário de jovens atletas: “Já iniciei meu cunhado que já trabalha como agente há dez anos. Quando parei ele me fez o convite e estamos nessa correria de buscar garotos, temos muitos talentos para captação. Trabalho em São Luís e também no interior. No Beach Tennis quem sabe no futuro serei empresário da minha esposa (risos)”.
O Pure Beach termina neste domingo com o torneio BT 10 com presença de alagoanos na disputa pelo título que vale pontos no ranking mundial. O amador também se encerra com categorias A, B, C e D, além das categorias por idade juvenis e de veteranos.
O 2º Pure Beach tem o apoio institucional da Prefeitura de Marechal Deodoro, conta com os patrocínios do Governo do Estado de Alagoas através da Secretaria de Esportes Lazer e Juventude, da Angioneuro, da Alagoas Ambiental, Banco BRB e da Solar Coca-Cola que oferece suporte na sustentabilidade realizando reciclagem de resíduos e também da Ladeirão do Óleo. O Hotel Oficial é o Hotel Ponta Verde. A bola oficial é a AI Beach Tennis. A realização e produção é da Paxá Sports.
TRIBUNA HOJE \ Por Assessoria
Foto: Célio Jr. / Target