Os bastidores do CSA estão quentes. O clube encerra a temporada 2023 neste sábado, quando encara o Amazonas na última rodada da primeira fase da Série C do Brasileiro. Após o jogo, muitas definições serão conhecidas para o futuro do clube. Uma delas é a instalação de uma Sociedade Anônima do Futebol (SAF) dentro do CSA.
Conhecedor do projeto de lei que aprovou a SAF no Congresso Nacional, o presidente licenciado Rafael Tenório explicou, em entrevista no início deste ano para Tribuna Independente, que o clube, uma vez transformado em SAF, não perde qualquer direito de participar de competições. “A SAF terá direitos de participar de competições em substituições de clubes, na mesma situação, sem qualquer prejuízo de ordem desportiva, conforme determina o Artigo 2 da Lei Federal Nº 14.193, de 06 de agosto de 2021”.
O dirigente também mostrou o que acontece caso o CSA seja transformado numa Sociedade Anônima do Futebol. “Vamos imaginar que alguém compre 90% do CSA. Os 10% que ficarão, o CSA ficará como clube social, terá um presidente e o lucro que se der do investimento será dividido entre o clube e a SAF. A parte do clube será destinada para o lado patrimonial. Toda responsabilidade de pagamento de folha salarial e manutenção do futebol é da SAF”.
Ontem ele teve um encontro com a presidente interina, Miriam Monte. O presidente do conselho, Cristiano Beltrão, também participaria da reunião, mas não foi. A conversa foi para que se encontre soluções de planejamento para o resto deste ano (faltam ainda quatro meses) e os detalhes da temporada 2024, onde o CSA está apenas no Campeonato Alagoano, na seletiva da Copa do Nordeste e no Brasileirão da Série C. As vagas de Alagoas na Copa do Brasil são de CRB, ASA e Murici.
“O que todos precisam entender é que o momento requer união. Sabemos que o clube vive um momento que a torcida não estava mais acostumada, mas só sairemos dessa situação com aliança, inclusive da oposição. Aqui não é Rafael, não é Mirian, não é Christiano, não é Álvaro da Carajás, não é (Robson) Rodas, (Marcelo) Brabo, Ib Breda. Enfim, não é ninguém. É o CSA. Ou todos caminham na mesma direção ou a realidade não vai mudar”, exaltou o presidente do conselho em entrevista ao GE.
Um grupo de conselheiros oficializou esta semana um pedido para que exista um debate sobre a SAF. Segundo Cristiano, o clube vai buscar uma pessoa especialista nessa área pra explicar tudo sobre esse processo.
A reportagem da Tribuna Independente tentou contato com a presidente Miriam Monte, porém a mesma não atendeu às ligações. A dirigente disse em entrevista ao GE, que deve se licenciar do cargo quando Rafael Tenório voltar. “Essa licença (do Rafael), na verdade, é só um tempo para ele respirar, oxigenar a mente, cuidar de questões particulares e de saúde. Quando eu sentir que ele já está bem, quem entra de licença sou eu e ele volta com todo o gás”, disse ela.
Por Tribuna Independente
Foto: Assessoria