O sol nasce e a equipe que integra o Serviço de Processamento de Roupas Hospitalares (SPRH) do Hospital Escola Portugal Ramalho, em Maceió, trabalha a todo vapor. As atividades começam cedo. Às 6h da manhã os 11 servidores se dividem entre atividades de recolhimento e troca da roupa de cama dos internos, até o recebimento, triagem e encaminhamento de novas peças para as cinco alas que abrigam os mais de 100 pacientes psiquiátricos, assistidos de maneira totalmente gratuita pela unidade de saúde.
Conectada às práticas sustentáveis e a transformação da vida das pessoas, no início de 2024, a Equatorial Alagoas firmou uma parceria que consiste na doação de fardamentos inservíveis dos eletricistas da Distribuidora ao hospital referência no atendimento a pacientes psiquiátricos no Estado. Os uniformes que seriam descartados são reaproveitados e transformados em bermudas e shorts para o conforto e bem-estar dos assistidos.
Impacto ambiental e social
De acordo com dados do Sebrae, o Brasil produz cerca de 170 mil toneladas de resíduos têxteis por ano e apenas 20% desse material é reaproveitado, sendo que 136 mil toneladas de roupas acabam em lixões e aterros sanitários. Os impactos ambientais decorrentes desse processo envolvem consumo de água e energia, contaminação do solo, emissões atmosféricas de poluentes e resíduos sólidos. Por isso, por meio do upcycling dos uniformes, novas ideias surgem e quebram paradigmas como instrumentos de transformação.
“A destinação correta das peças inservíveis reflete diretamente no meio ambiente e faz parte da política de responsabilidade social e sustentabilidade da Equatorial. Esse é um projeto incrível que está alinhado ao nosso propósito de incentivo à economia circular e geração de impacto positivo para as pessoas e para o planeta”, destaca a gerente de Responsabilidade Social do Grupo Equatorial Energia, Késia Marques.
Amor e criatividade em busca do melhor resultado
O processo de transformação do vestuário é conduzido pelas costureiras Célia Delfino e Veridiana Brasileiro, que arrematam as criações com muito amor e criatividade em busca do melhor resultado. Célia trabalha há 36 anos no hospital e explica que a confecção das roupas é dividida em quatro etapas principais: triagem, que é a análise do tecido e definição do que pode ser reaproveitado, de acordo com o estado de conservação de cada fardamento; corte; acabamento e, por fim, a marcação, que nada mais é que a carimbagem de todas as roupas produzidas com a logomarca do hospital visando a correta identificação do artesanato. Ao todo, a Equatorial Alagoas já realizou doação de 430 uniformes para a unidade de saúde.
“É muito gratificante trabalhar aqui pois eu sei que o que eu faço tem um propósito. Eu acredito que as outras empresas também deveriam seguir o exemplo da Equatorial, pois, por se tratar de um hospital público, muitas pessoas que chegam até aqui precisam da nossa ajuda”, comenta a servidora pública.
G. S é um dos assistidos pelo Hospital Escola Portugal Ramalho e conta que, desde o primeiro contato com a unidade de saúde, tem buscado formas de ocupar a mente. Um dos seus passatempos prediletos é a confecção de tapetes de retalhos. Ele elogia o trabalho feito pela equipe. “As doações são muito boas para a gente e as atividades que eu faço aqui me deixam mais feliz”, finaliza.
Assessoria de Imprensa da Equatorial Alagoas
CADA MINUTO
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