Apesar de a demência ser comumente associada ao envelhecimento, ela pode atingir pessoas de qualquer idade. Um exemplo disso é a demência frontotemporal (DFT), que costuma ser diagnosticada entre os 45 e 65 anos, mas há registros de casos muito mais precoces.
Segundo especialistas, esse tipo de demência afeta principalmente o comportamento. Os pacientes podem apresentar agressividade, impulsividade, atitudes de risco e dificuldades na comunicação, como perda de vocabulário ou frases desconexas. Por isso, os sintomas muitas vezes são confundidos com outros transtornos, o que atrasa o diagnóstico e o tratamento adequado.
Paul Little, CEO da empresa de biotecnologia Vesper Bio, que trabalha com pacientes com DFT, alerta para o risco de erros de avaliação médica. “Casos diagnosticados aos 29 anos não são incomuns. É comum confundir a DFT com transtorno bipolar ou até uma crise de meia-idade, já que há mudanças bruscas de comportamento. O paciente pode começar a beber demais, se envolver com a polícia e receber o tipo errado de ajuda”, afirmou ao Daily Mail.
Ainda sem cura, a demência frontotemporal impõe uma sobrecarga à família, que precisa lidar com os comportamentos imprevisíveis e, com o tempo, passa a cuidar do paciente em tempo integral.
O caso de Bruce Willis
Um dos casos mais conhecidos é o do ator Bruce Willis. Em 2022, sua família revelou que ele havia sido diagnosticado com afasia — distúrbio que afeta a comunicação. No ano seguinte, o diagnóstico foi atualizado para demência frontotemporal. Desde então, o astro se afastou das telas e vive sob os cuidados de um médico e de sua família.
Willis tem cinco filhas — três com a ex-esposa Demi Moore e duas com a atual mulher, Emma Heming Willis — e recebe apoio constante das duas famílias. Demi Moore continua presente no cotidiano do ator, mesmo após o fim do casamento. Este ano, Bruce completou 70 anos e 16 anos de casamento com Emma.
Por Notícias ao Minuto
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