A proporção de brasileiros que acredita que os preços dos alimentos nos mercados subiram no último mês foi de 58% em novembro, queda de cinco pontos percentuais, segundo pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quarta-feira (12). Para 23%, continuaram os mesmos, e para 17%, caíram.

A percepção vem em linha com os dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta terça-feira (11). A inflação oficial, medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), desacelerou a 0,09% em outubro, a menor para o mês desde 1998.

Entre indivíduos com renda de até dois salários mínimos, a queda foi dentro da margem de erro de dois pontos percentuais, saindo de 63% para 61%. Já para aqueles que recebem entre dois e cinco salários, a proporção caiu seis pontos, de 62% para 56% em novembro. Em março deste ano, a proporção era de 88%.

A pesquisa foi realizada entre os dias 6 e 9 de novembro. Foram 2.004 entrevistas presenciais com brasileiros de 16 anos ou mais.

Segundo a pesquisa, 24% disseram acreditar que a economia do Brasil melhorou nos últimos 12 meses, alta de três pontos percentuais em relação a outubro. Mas 42% acreditam que piorou, e 32% que ficou do mesmo jeito, contra 35% em outubro.

Para metade dos brasileiros, é mais difícil conseguir um emprego hoje do que há um ano. Para 39%, está mais fácil. Entre os que recebem mais de cinco salários mínimos, a proporção dos que acham mais difícil (46%) voltou a superar a dos que acham mais fácil (40%).

A pesquisa também dedicou um bloco à avaliação do encontro entre o presidente Lula e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, no dia 26 de outubro. Após o encontro, o presidente saiu mais forte para 45% e mais fraco para 30%. Para 51%, os presidentes vão chegar a um acordo para reduzir as tarifas de 50% impostas ao Brasil, e para 39% isso não vai acontecer.

Em linha com edições anteriores, para 42% a expectativa para os próximos 12 meses é de que a economia vai melhorar. No entanto, 58% consideram que o Brasil está indo na direção errada, índice que era de 50% em janeiro deste ano.

Segundo a pesquisa, a recuperação da avaliação do governo Lula apresentada desde maio foi interrompida, com 50% desaprovando e 47% aprovando. A desaprovação oscilou um ponto percentual para cima, a aprovação recuou na mesma proporção e a diferença, que era de um ponto em outubro, subiu para três pontos neste mês.

Por Folhapress \ NOTÍCIAS AO MINUTO

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