Trabalhadores do Hospital Veredas voltaram a interditar um trecho da Avenida Fernandes Lima, no sentido Tabuleiro, na manhã desta segunda-feira (17). O protesto, que já dura duas semanas, é motivado pelo atraso nos salários e pelo não pagamento do complemento do piso nacional da enfermagem.
O presidente do Sindicato dos Auxiliares e Técnicos de Enfermagem de Alagoas (Sateal), Mário Jorge, participou do ato e denunciou a situação enfrentada pelos profissionais.
De acordo com o Departamento Municipal de Transportes e Trânsito (DMTT), a faixa exclusiva em frente ao hospital, no sentido Centro/Eustáquio Gomes, está liberada. No entanto, duas faixas na mesma direção permanecem bloqueadas devido ao protesto.
O DMTT orienta que os motoristas evitem a região e usem rotas alternativas, como a Rua Tereza de Azevedo, contornando o hospital pelo Eixo Viário Deputado Oscar Fontes Lima, para acessar a Rua Roberto Simonsen e retornar à Avenida Fernandes Lima.
Entenda a greve
O anúncio da paralisação foi feito nas redes sociais pelos sindicatos das categorias envolvidas, que divulgaram vídeos nas redes sociais comunicando a decisão à população e à direção da unidade.
Conforme determina a legislação, serão mantidos 30% dos trabalhadores em atividades essenciais.
O hospital acumula débitos referentes aos meses de abril, maio, agosto, setembro e outubro, além de valores do piso da enfermagem entre julho e novembro de 2024 e parte do 13º salário do mesmo ano.
Mesmo com tentativas de negociação, os sindicatos afirmam que a administração da unidade não tem cumprido o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado no início do ano.
Em nota, a direção do Hospital Veredas informou que os recursos para quitar a folha de agosto estão disponíveis, mas ainda não há previsão para o pagamento dos demais meses. A Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), por sua vez, declarou que não há pendências de repasses ao hospital e que os pagamentos seguem o cronograma pactuado.
Os sindicatos também pedem apoio da população e relatam o impacto físico e emocional enfrentado pelos profissionais diante da situação.
CADA MINUTO
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