A Conselheira do Tribunal de Contas de Alagoas, Renata Calheiros, participou, nos dias 3 e 4 de abril, do curso “IA Generativa Ativa: A Nova Fronteira do Controle Externo”, promovido pelo Instituto Rui Barbosa (IRB), na sede do Instituto Serzedello Corrêa (ISC), em Brasília-DF.
A formação técnica teve como objetivo capacitar membros dos Tribunais de Contas brasileiros quanto ao uso estratégico de ferramentas de inteligência artificial generativa no aprimoramento das atividades de fiscalização da administração pública.
Com a presença de 36 membros do Sistema de Controle Externo, entre conselheiros e procuradores de contas, o curso também contou com a participação internacional do presidente do Tribunal de Contas de Angola, Juiz Conselheiro Sebastião Gunza. A abertura foi conduzida pelo presidente do IRB, Conselheiro Edilberto Pontes, que destacou a importância de se abordar, de forma específica, o uso da IA generativa aplicada ao controle externo:
“A capacitação contribuirá significativamente para a modernização e a eficiência das atividades de fiscalização da administração pública”, afirmou.
Durante a programação, temas centrais como transformação digital, governança de dados, modelos de IA generativa, segurança da informação, análise de documentos, gestão de processos, ética algorítmica e engenharia de prompt foram amplamente abordados.
A capacitação, feita pelos Profs. Drs. Ana Carla Bliacheriane e Luciano Vieira de Araújo, combinou exposições teóricas e atividades práticas, explorando desde os fundamentos da inteligência artificial até seus impactos estratégicos nas decisões públicas, com foco em sua aplicação nos Tribunais de Contas.
Ferramentas como a Meta IA e o ChatGPT já são utilizadas em diferentes contextos institucionais, mas exigem domínio técnico, checagem de dados e embasamento rigoroso para garantir resultados confiáveis.
Durante o evento, a Conselheira Renata Calheiros ressaltou a relevância da formação contínua dos membros dos Tribunais de Contas diante das rápidas transformações tecnológicas:
“São tecnologias que auxiliam na sistematização e no tratamento de grandes volumes de dados, mas precisam ser bem manipuladas. A conferência e validação da informação são etapas indispensáveis, já que essas plataformas ainda não acessam todas as bases específicas necessárias para a atuação do controle externo”, afirmou.
Em Alagoas, o uso da inteligência artificial já integra as ações do NIT/TCE-AL e do ESPIA – Observatório da Primeira Infância de Alagoas, por meio de ferramentas aplicadas ao tratamento e à análise de dados. Essas tecnologias contribuem diretamente para o monitoramento de políticas públicas voltadas à primeira infância, ampliando a precisão e a eficiência na avaliação de indicadores sociais. A participação do TCE-AL na formação reforça o compromisso com a inovação, a capacitação técnica permanente e a busca por maior eficiência no controle e na transparência da gestão pública, especialmente em áreas sensíveis como a proteção da infância.
Com informações do IRB
TCE\ASCOM
Por Rafael Almeida – Ascom