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Quem acompanha o início do funcionamento da CPMI do INSS diz que Alfredo Gaspar deixa de ser deputado federal e incorpora a época em que foi promotor de justiça do Ministério Público de Alagoas.

Ele tem estudado demoradamente o inquérito, lê relatórios da CGU (Controladoria Geral da União) e só aí define caminhos a seguir na investigação como relator da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito.

Entre deputados e senadores promete que “não vai passar a mão pra um lado ou pra outro”. E mesmo sendo de direita “não vai defender um grupo ou outro”.

Contam que quer agir como um rigoroso promotor. Por isso, está convidando ex-ministros da Previdência para serem ouvidos, casos de Onix Lorenzoni, governo Bolsonaro, Carlos Lupi, no de Lula.

E junto com o presidente da Comissão, o senador Carlos Viana (Podemos-MG), conseguiu que integrantes da CPMI aprovassem o envio ao STF de pedido de prisão preventiva de 21 pessoas.

Elas são investigadas por suposto envolvimento na cobrança ilegal de mensalidades associativas descontadas das aposentadorias e pensões de milhões de brasileiros, em todo o país.

Contam ainda que, atualmente, somente no final de semana, quando retorna a Alagoas, é que Alfredo Gaspar se desfaz do papel e volta a ser deputado nas visitas aos aliados nos municípios.

Resta saber se o ex-promotor de justiça efetivamente conseguirá não ser engolido pelo parlamentar que tem queda pelo bolsonarismo de extrema-direita.

CADA MINUTO

FOTO: GOOGLE