Um grave episódio de violência marcou a decisão da Garanhuns Cup, disputada nesse domingo (7), em Pernambuco. A final, entre a LS3 Academy, de Maceió (AL), e a equipe Meninos de Ouro (MDO), terminou com vitória dos alagoanos por 4 a 3, mas o resultado ficou em segundo plano após uma agressão covarde sofrida por um dos jogadores da LS3.
De acordo com o presidente da LS3 e ex-zagueiro do CSA, Leandro Souza, o jovem atleta alagoano foi brutalmente agredido logo após o apito final. O jogador havia se ajoelhado em campo para agradecer a Deus pela vitória, quando foi atingido pelas costas e, já no chão, levou um chute violento na boca que o deixou desacordado.
“Nosso jogador desmaiou na hora e começou a vomitar. Ele foi socorrido no campo e, depois, levado às pressas para atendimento médico. Precisou passar por tomografia e recebeu pontos na boca”, relatou Leandro Souza, visivelmente abalado.
O jogador já está em Maceió, mas segue em observação médica devido ao desmaio e aos sintomas posteriores à agressão. Um membro da comissão técnica da LS3 também foi agredido durante a confusão e teve ferimentos na boca.
Segundo Leandro, o clima de tensão já era perceptível durante toda a partida. Ele denunciou a falta de controle por parte da arbitragem e da organização do torneio, o que, segundo ele, contribuiu para que a violência escalasse.
“Como ex-jogador profissional, com 19 anos de carreira, nunca presenciei um episódio tão grave dentro de campo. O esporte é, antes de tudo, educativo. Quando falta preparo da arbitragem e da organização, situações como essa se tornam ainda mais perigosas”, afirmou.
Posicionamentos oficiais
A LS3 Academy publicou uma nota oficial repudiando o ato violento, responsabilizando a organização do torneio e cobrando providências contra a equipe adversária.
“O esporte educa, forma caráter, promove respeito e convivência. Omissão diante de um ato tão grave é compactuar com a violência”, diz um trecho da nota.
Já a escolinha Meninos de Ouro (MDO) também se manifestou, informando que não compactua com atitudes violentas. Segundo a direção, os garotos envolvidos foram afastados e os pais buscaram apoio psicológico para os envolvidos.
Leandro Souza reforçou a necessidade de mudanças urgentes na condução de torneios de base no Brasil. “É urgente que sejam estabelecidas regras claras e punições severas para atitudes de violência no esporte. Jogadores e instituições precisam ser responsabilizados, pois o futebol deve ser um espaço de formação, respeito e exemplo — jamais de violência.”
TRIBUNA HOJE
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