A Prefeitura de Maceió investiu R$ 117 milhões do fundo de previdência municipal no Banco Master, instituição que teve sua liquidação decretada pelo Banco Central (BC). O investimento, realizado pela administração municipal, é considerado pelo mercado como irreversivelmente perdido, dada a liquidação da instituição.
O Banco Master e seu controlador, o banqueiro Daniel Vorcaro—que atualmente está preso—, são alvo de investigações da Polícia Federal (PF) por suspeita de fraude que atingiria o montante de R$ 12 bilhões. O inquérito aponta que o banco vendia cartas de crédito que não possuem mais valor, com promessas de remuneração acima da média do mercado.
O caso do Banco Master estaria afetando governos estaduais e prefeituras em diversas partes do Brasil. Em Alagoas, o investimento de mais de R$ 100 milhões da prefeitura na instituição foi considerado uma perda para o patrimônio municipal.
Cenário de Indenização e Reação Política
Para investidores individuais, o Fundo Garantidor de Créditos (FGC) garante o ressarcimento de até R$ 250 mil por CPF. No entanto, o montante investido pela Prefeitura de Maceió ultrapassa significativamente esse limite.
A situação gerou cobranças por responsabilização e transparência na Câmara Municipal. O vereador Rui Palmeira, que atua na oposição, tem cobrado uma investigação por parte do Ministério Público Estadual (MPE).
Por outro lado, o vereador Kelmann Vieira, líder do Prefeito JHC no parlamento, tentou minimizar a crise com um discurso que, segundo a crítica, não ajudou a esclarecer os fatos. O Prefeito João Henrique Caldas (JHC) tem mantido uma postura discreta frente ao caso, sendo acusado de omissão diante do prejuízo milionário.
POR: POLÍTICA ALAGOANA
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