A procuradora efetiva do município de Rio Largo, Karla Brandão Muniz Formiga de Carvalho, denunciou aos órgãos de fiscalização do estado contratos de locação de máquinas pesadas para reforma de escolas e compra de materiais de construção, que alcançariam o valor de R$ 20 milhões, feitos pela Prefeitura, e que não teriam passado pelo crivo da Procuradoria.

Ela informou que vai protocolar, na manhã desta quarta-feira (10), no Ministério Público Estadual (MPE), Ministério Público Federal (MPF) e o Tribunal de Contas do Estado (TCE), uma representação em que relata os informes que recebeu, com requerimento para a devida apuração.

A denúncia dá conta de que a gestão municipal firmou contrato com, pelo menos, duas empresas que funcionariam de fachada nos municípios de Feliz Deserto e Marechal Deodoro. A procuradora diz que os indícios mostram que as referidas empreiteiras não têm sede própria, só existindo mesmo no papel e que outras podem estar envolvidas na suposta irregularidade.

Segundo a denunciante, a relação entre o Município e as empresas teria sido consolidada em 2018 e, desde então, o contrato estaria em vigor. Ela, porém, não sabe informar se o valor cheio foi empenhado, o que só poderá ser confirmado pelos órgãos que farão a investigação.

“Como procuradora do quadro efetivo há 18 anos, não tenho poderes para fiscalizar, mas também, não posso me omitir diante de uma denúncia que recebi por terceiros, mas que apresentam indícios de irregularidades, já que os contratos de compra e aluguel, feitos no município, devem passar pela Procuradoria, mas estes não passaram”, destaca Karla Brandão.

Ela diz que, ao tomar conhecimento das supostas irregularidades, preferiu juntar a documentação recebida e repassar ao conhecimento dos órgãos de fiscalização para que uma apuração seja realizada.

A Gazetaweb aguarda posicionamento da Prefeitura de Rio Largo sobre a denúncia feita pela procuradora municipal.

Por Thiago Gomes | Portal Gazetaweb.com

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