Para que a imunização contra a febre amarela tenha efeito para o período do carnaval, que neste ano será de 2 a 6 de março, a vacinação deve ocorrer até hoje (19). A recomendação do governo paulista é, sobretudo, para quem vai viajar para áreas de mata e ribeirinhas, pois a proteção efetiva só ocorre após dez dias. A cobertura vacinal contra febre amarela no estado alcança 70%, em média, com variação entre as regiões.
Todo o estado tem recomendação da vacina por causa da circulação do vírus. A imunização é indicada para pessoas a partir dos 9 meses de idade. Pacientes portadores de HIV positivo e transplantados devem consultar o médico sobre a necessidade da vacina. Não há indicação para gestantes, mulheres amamentando crianças com até 6 meses de idade e imunodeprimidos, como pacientes em tratamento quimioterápico, radioterápico ou com corticoides em doses elevadas.
Os foliões que não se vacinarem no prazo adequado devem evitar entrar em áreas verdes e devem usar repelentes e roupas compridas e de cor clara para reforçar a prevenção, conforme orientação da Secretaria Estadual de Saúde.
O último balanço do governo paulista, que considera o período de janeiro à primeira quinzena de fevereiro, confirma a ocorrência de 36 casos de febre amarela silvestre em São Paulo, dos quais nove resultaram em morte. Em 2018, foram 502 casos e 175 mortes. Em 2017, foram registrados 74 casos e 38 mortes. Não há casos de febre amarela urbana no Brasil desde 1942.
Postos volantes
Além da disponibilização gratuita nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), a vacina é oferecida em mais de 40 postos volantes espalhados pela cidade. A instalação de unidades de vacinação em locais de grande circulação de pessoas é uma das estratégias adotadas pela Secretaria Municipal da Saúde para atingir cobertura vacinal de 95% até maio. O índice na capital paulista atualmente é de 77,05%.
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Em 2018, foram confirmados 13 casos de febre amarela contraídas na cidade de São Paulo, que resultaram na morte de seis pessoas. De acordo com a secretaria, embora o vírus da forma silvestre da doença esteja em circulação, conforme comprovou a contaminação de um macaco bugio no Jardim Botânico/Parque Zoológico, não há nenhum caso confirmado de contaminação da doença em humanos em 2019.
A lista das unidades volantes e dos postos de saúde, bem como o horário de funcionamento, podem ser encontrada no site da Prefeitura.
Arboviroses
O boletim epidemiológico do governo municipal – atualizado até o dia 12 de fevereiro – aponta a ocorrência de 201 casos de dengue na cidade de São Paulo. O número de casos da doença em 2018 chegou a 563. Não foram registrados casos de zika ou chikungunya, que também são transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti.
O verão – com o aumento das chuvas – é o período mais propício à proliferação de doenças transmitidas por arbovírus, os quais são transmitidos ao homem por artrópodes, ou seja, por meio da picada de insetos como o Aedes aegypti. Dengue, chikungunya e zika, além da febre amarela, estão entre as arboviroses mais comuns no Brasil. No caso da febre amarela, como o vírus em circulação, é o da forma silvestre, e as transmissões ocorrem pelo mosquito Haemagogus e Sabethes.
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