A Justiça de Alagoas, através da 3ª Vara Cível da Capital, deferiu o pedido de recuperação judicial feito pelo CSA. Com uma dívida estimada em R$ 20 milhões (segundo o presidente Rafael Tenório), a direção azulina deu entrada no Poder Judiciário esta semana.
A decisão assinada pelo juiz Henrique Gomes de Barros Teixeira determinou a suspensão de ações e execuções processuais ajuizadas contra o clube por 180 dias úteis, assim como suspender penhoras e bloqueios do patrimônio do Azulão. O magistrado nomeou ainda um administrador judicial para que desempenhe todas as funções estabelecidas no processo, que ficará sob responsabilidade de Evandro Jucá Filho, inscrito no banco de dados da Controladoria Geral de Justiça de Alagoas.
“Acredito que a torcida pode ficar tranquila, pois tudo isso está sendo planejado e pensado. Não existe nada de ser excluído de competições. O que está acontecendo se iguala a uma empresa que entra em recuperação judicial e continua funcionando. O CSA continua funcionando normalmente. As pessoas não tratam os clubes como empresa, eu trato. Fiz muito em seis anos. É triste ver que tudo foi destruído em pouco tempo que deixei a presidência. Temos um montante perto de R$ 20 milhões em dívidas com o aluguel do Nelsão, fornecedores, débitos trabalhistas com jogadores e treinadores, previdenciários. No documento foi relatado pouco mais de R$ 8 milhões”, explicou o presidente para Tribuna Independente.
Dentro da viabilidade econômica e operacional apresentada no pedido de recuperação judicial do CSA, o clube também citou a renegociação de dívidas, a manutenção do emprego de mais de 100 funcionários, além da oportunidade em formar jovens atletas e a possibilidade da criação de uma SAF – Sociedade Anônima do Futebol.
O juiz levou tudo isso em consideração e também outros exemplos de clubes de futebol que utilizaram do mecanismo jurídico para controlar as dívidas, em casos citados como Cruzeiro, Coritiba, Figueirense, Náutico e Santa Cruz.
Por Tribuna Independente
Foto: Assessoria