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O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística divulgou, na quinta-feira (17), os dados das características urbanísticas do entorno dos domicílios, coletados durante o Censo Demográfico 2022. As informações são públicas e versam sobre aspectos da infraestrutura das cidades.

Ao todo, o levantamento trouxe um panorama de dez questões relacionadas à estrutura urbana, que foram mapeadas pelos recenseadores. Arborização, capacidade de circulação das vias, rampa para cadeiras, existência de bueiro ou boca de lobo, pavimentação, calçada ou passeio, obstáculo na calçada, iluminação pública, ponto de ônibus ou van e sinalização para bicicleta integram os aspectos pesquisados.

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Para o Censo 2022, foram introduzidos quatro novos elementos que não estavam disponíveis no Censo 2010: ponto de ônibus/van, via sinalizada para bicicleta, obstáculo na calçada e capacidade de via.

Iluminação pública

O destaque positivo da pesquisa do entorno vai para a estrutura de iluminação. Nesse quesito, Alagoas é o 3º estado do país e o 1º no Nordeste em proporção de moradores que vivem em vias com acesso à iluminação pública (98,5%).

O estado também apresentou avanços em relação ao Censo 2010, quando o percentual era de 95,35% e correspondia a 2,1 milhões (2.142.932) de moradores. Agora, para o Censo 2022, mais de 2,4 milhões (2.408.687) alagoanos residem em vias iluminadas.

Goiás (98,95%) e Mato Grosso do Sul (98,83%) ocupam os primeiros lugares nacionais. A média brasileira de moradores em vias com iluminação pública é de 97,5%.

No ranking das capitais, Maceió (98,27%) ocupa o 12º lugar em moradores com acesso à iluminação em seu entorno e está atrás de outras cinco capitais nordestinas: Fortaleza (98,98%), João Pessoa (98,76%), Teresina (98,72%), São Luís (98,67%) e Natal (98,39%). Goiânia (99,57%) é líder em moradores com acesso à iluminação pública.

Maceió apresentou avanço em relação ao Censo 2010, quando a proporção de moradores em vias com iluminação pública era de 95,93% e a capital alagoana ocupava o 16º lugar nacional.

Pavimentação e ruas com calçada ou passeio

Em AL, cerca de 84,6% dos moradores das áreas urbanas pesquisadas vivem em vias pavimentadas, percentual menor do que a média nacional de 88,5%. Nesse quesito, o estado ocupa a 14º posição nacional, cujo ranking é liderado por São Paulo (95,95% dos moradores). A pavimentação de vias é útil para garantir a mobilidade dos veículos e acesso a bens e serviços, incluindo emergência, segurança e carga.

A proporção de alagoanos que vivem em vias com calçada ou passeio, independente de pavimentação, é de 85,6% e supera a média nacional (84%). Não comparativo entre as UFs, o estado alcança a 3ª posição regional e 8ª nacional.

Arborização

Apesar do clima quente e dos benefícios da arborização para a redução de ilhas de calor, cerca de 1,3 milhão de alagoanos (1.332.222 pessoas) vivem em espaços sem nenhuma árvore em seu entorno. O número corresponde a mais da metade (54,5%) dos moradores das áreas urbanas ou do estado que residem em vias sem qualquer arborização.

Vias com uma ou mais árvores fazem parte da realidade de 45,4% dos moradores alagoanos nas áreas pesquisadas.

No ranking das capitais, Maceió ocupa o 8º lugar em não-arborização: 53,7% dos moradores das áreas pesquisadas vivem sem árvores em seu entorno e menos de 20% (19,24%) vivem em vias com uma ou duas árvores. Na outra ponta, Brasília (56,44%), Campo Grande (54,33%) e Porto Alegre (54,17%) têm proporções consideráveis de moradores em vias com 5 (cinco) ou mais árvores.

Acessibilidade e transporte sustentável

Rampas para cadeiras e vias com sinalização para bicicleta ainda não fazem parte da realidade da maioria dos brasileiros. Nacionalmente, menos de 2% (1,91%) dos moradores de áreas urbanas residem em vias adaptadas aos ciclistas e 15,2% moram em locais com rampa para cadeirantes.

Apenas 0,91% dos moradores urbanos alagoanos residem em vias com sinalização horizontal ou vertical para bicicletas, como ciclovias, ciclorrotas ou ciclofaixas. Santa Catarina, que apresenta o melhor desempenho do país, alcança um índice de 5,17%.

A existência de rampa para cadeirasntes nas vias pesquisadas apresenta grandes disparidades ao longo do país. Enquanto Mato Grosso do Sul tem 41% dos moradores residindo em vias com acessibilidade para cadeira de rodas, o Amazonas, último lugar no ranking, apresenta uma proporção de 5,61%.

Em Alagoas, 12% vivem em ruas com estrutura de rampa para cadeirantes.

Sobre a pesquisa

Os dados das características urbanísticas do entorno, assim como outras estatísticas do IBGE, são públicos e podem ser acessados pelo SIDRA – Sistema IBGE de Recuperação Automática ( https://sidra.ibge.gov.br/ ) ou pelo Panorama do Censo 2022 ( https://censo2022.ibge.gov.br/panorama/ ).
Fonte: IBGE/AL

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FOTO: GOOGLE