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Pesquisas desenvolvidas na Universidade Federal de Alagoas (Ufal), coordenadas pela professora dra. Telma Toledo, revelam que o mel vermelho composto com a própolis vermelha, produtos com indicação geográfica exclusiva de Alagoas, pode ser um importante aliado no combate à desnutrição infantil e no desenvolvimento cognitivo de crianças atendidas em creches e escolas da rede pública. A proposta é incorporar esse alimento funcional à merenda escolar, especialmente em um momento em que o estado projeta a criação de até 200 novas creches até o fim do atual governo.

O mel composto com própolis vermelha é um produto apícola combinado que pode apresentar mel combinado com outros ingredientes ativos com a própolis vermelha e pólen; podendo ainda estar ter uma apresentação de mel composto com extratos de plantas bioativas da região de matas ou extratos de plantas da região da caatinga alagoana com propriedades para combater doenças respiratórias, propriedades protetora do trato gastrointestinal, propriedades antioxidantes, além de ser boa fonte de energia para crianças.
Segundo os estudos, a introdução do mel vermelho composto com própolis vermelha na alimentação de crianças em idade pré-escolar pode tirá-las do estado de subnutrição, fortalecer o sistema imunológico e melhorar a cognição. “Essa criança bem nutrida hoje se tornará um adulto saudável amanhã”, resume a equipe responsável pelo projeto. A iniciativa reforça o papel social da universidade e sua contribuição direta para a melhoria da saúde pública.

“É maravilhoso ver como a ciência pode mudar realidades. O que temos em mãos é um alimento que, além de natural, carrega um potencial nutricional gigantesco”, destacou a professora Telma Toledo.

Desde que o selo de indicação geográfica foi concedido à própolis vermelha em 2012, o setor deu passos importantes em Alagoas. De uma única empresa no início, o estado conta agora com cinco empresas produtoras de extratos de própolis vermelha, atendendo à indústria farmacêutica e alimentícia. No entanto, a demanda por matéria-prima ainda supera a capacidade produtiva atual, o que impõe desafios à expansão.

Por Ana Paula Omena – Repórter / Tribuna Hoje

Foto: Cortesia