O caminho foi dado pela Câmara Federal, principalmente, para que os parlamentares encontrem a independência financeira do Executivo Municipal.
A questão é a tal das emendas impositivas, que a Casa de Mário Guimarães quer aumentar de 1,22% para 1,55% do orçamento municipal, ao longo de três anos. Lembrando que a Assembleia Legislativa também aumentou as emendas individuais para o mesmo percentual.
O acordo foi firmado ontem. Em troca, os vereadores aprovam dois empréstimos para a prefeitura, totalizando R$ 1,2 bilhão.
Que ninguém se engane: o que acontece hoje em Brasília, com deputados e senadores defendendo as bets, os supersalários e a não taxação dos ricaços se deve, e muito, ao fato de que os parlamentares federais estão bem abastecidos pelas suas emendas, que não deixam de pingar para os seus aliados, mesmo com o freio do STF.
O que sai dos cofres da União (do seu, do meu, do nosso) volta em forma de votos.
E isso vem se naturalizando, ao longo dos últimos anos, sem que haja qualquer reação da sociedade, dos movimentos sociais e assemelhados – apesar das reclamações em grupos sociais e em família.
Não há, por exemplo, nenhum ato na Avenida Paulista para protestar contra esse abuso.
CADA MINUTO
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