A CPMI do INSS adiou a votação das quebras de sigilos do ex-ministro da Previdência Carlos Lupi. Os requerimentos estavam pautados para a sessão desta quinta-feira (16/10), mas foram retirados pelo presidente do colegiado após acordo entre os líderes.

Lupi, que também é presidente do PDT, estava à frente da Previdência quando a Polícia Federal deflagrou a Operação Sem Desconto, que mirava descontos indevidos por entidades sindicais nas folhas de pagamentos de aposentados.
Farra no INSS

O escândalo do INSS foi revelado pelo Metrópoles em uma série de reportagens publicadas a partir de dezembro de 2023. Três meses depois, o portal mostrou que a arrecadação das entidades com descontos de mensalidade de aposentados havia disparado, chegando a R$ 2 bilhões em um ano, enquanto as associações respondiam a milhares de processos por fraude nas filiações de segurados.

As reportagens do Metrópoles levaram à abertura de inquérito pela Polícia Federal (PF) e abasteceram as apurações da Controladoria-Geral da União (CGU). Ao todo, 38 matérias do portal foram listadas pela PF na representação que deu origem à Operação Sem Desconto, deflagrada no dia 23/4 e que culminou nas demissões do presidente do INSS e do ministro da Previdência, Carlos Lupi.

Integrantes da oposição pediam que a CPMI tenha acesso aos registros telemáticos do presidente do PDT. Também pediam acesso a operações bancárias, fiscais e que o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) realizasse um Relatório de Inteligência Financeira (RIF).

POR: METRÓPOLES.COM \ Luciana Saravia

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