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Uma descoberta de cientistas do Colégio Universitário de Londres pode ser revolucionária no desenvolvimento de terapias poderosas no combate ao câncer.

Um estudo conduzido por Sergio Quezada e Karl Peggs mostrou que células imunológicas T CD4+, tradicionalmente consideradas “auxiliares” e “reguladoras”, têm um papel citotóxico e são capazes de matar células cancerígenas.

As conclusões foram publicadas nesta terça-feira (7) no periódico científico Immunity.

“Sabíamos que essas células imunológicas tinham a capacidade de matar pró-ativamente células cancerígenas com uma potência incrível, mas para maximizar seu potencial, precisávamos saber como esse mecanismo foi ativado”, explicou Quezada.

As células T são um subconjunto de linfócitos (glóbulos brancos) que desempenham um papel fundamental na resposta imune do corpo. Na imunoterapia, as células T são modificadas e usadas para atacar o câncer.

Essas células se movem pelo corpo procurando células infectadas e matando-as. No entanto, as células T não reconhecem a maioria dos cânceres, uma vez que eles se desenvolvem a partir de nossos próprios tecidos e parecem normais para a maioria das células de defesa.

O principal desafio das abordagens de imunoterapia com células T é encontrar maneiras de direcioná-las para atacar as células cancerígenas.

Karl Peggs acrescenta que “as terapias celulares entraram recentemente no mercado em termos de aplicação clínica”.

“Ainda não se sabe muito sobre a melhor forma de otimizar essas terapias, principalmente para permitir uma melhor atividade nos cânceres de órgãos sólidos. Nossas descobertas ampliam nossa compreensão dos reguladores da diferenciação de células T, iluminando novos elementos que podem ser direcionados para aumentar a eficácia terapêutica.”

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