Um novo estudo apresentado pelo Grupo Gay da Bahia (GGB) apontou Alagoas como o estado mais perigoso do país para o público LGBT+. A pesquisa levou em consideração a quantidade de habitantes (3,3 milhões). Somente no ano passado, 20 pessoas foram assassinadas aqui.

Apesar disso, houve uma queda de 6% no número de mortes de LGBT+ brasileiros, em 2018, em comparação a 2017. Ano passado, foram registrados 420 assassinatos, enquanto que, em 2017, esse número foi de 445. O estudo ainda afirma que muitos casos não têm, no entanto, conclusão da polícia quanto ao fato de terem sido crime de ódio contra identidade sexual ou de gênero.

“A redução é significativa, mesmo assim é preocupante, pois o requinte de crueldade que esses crimes ainda são praticados é muito grande. No caso de Maceió mais ainda, pois entra ano e sai ano, e não conseguimos sair dessa margem tão sangrenta, e sempre nessas colocações, entre  primeiro a quinto”, disse Nildo Correia, presidente do Grupo Gay de Alagoas (GGAL).

No total, segundo a entidade, foram 320 homicídios (76%) e 100 suicídios. A cada 20 horas um LGBT+ é assassinado ou se suicida vítima da “LGBTfobia”, o que faz do Brasil o campeão mundial desse tipo de crime, revela o estudo.

Levando em consideração apenas a quantidade de mortes, os estados com maior número de homicídios e suicídios de LGBT+ em 2018 levantados pelo GGB foram São Paulo (58), Minas Gerais (36), Bahia (35) e o Rio de Janeiro (32). Os menos violentos foram Amapá, com 1 morte, e Acre, Roraima e Tocantins, com 2 cada.

O documento apresentado pelo GGB informa ainda que  a campanha eleitoral do então candidato à presidência, Jair Bolsonaro, não contribuiu para o aumento no número de mortes dessa população e nem mesmo durante o primeiro mês de governo, apesar das denúncias de insultos e agressões físicas de supostos seguidores.

De acordo com os dados, até essa quinta-feira (24), o GGB levantou 28 assassinatos de LGBT+ em 2019, taxa inferior aos últimos meses de janeiro (2012-2018), quando contabilizou-se uma média de 36,8 mortes.

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