O desempenho do CRB contra o Jaciobá, na noite desta quarta, não agradou nenhum pouco ao técnico regatiano Roberto Fernandes. Em coletiva, mostrou-se bastante irritado e admitiu não ter gostado da equipe, em suma, no segundo tempo de jogo. Em contrapartida, enalteceu o resultado positivo obtido em Coruripe.

“Pelo amor de Deus, o CRB está no início de temporada, onde é líder do Estadual e vem muito bem na Copa do Nordeste. A vida do treinador de futebol é complicada, estamos sendo cobrados mesmo quando o time ganha. A equipe, pela reformulação que teve, não vai ser 100% eficaz do dia pra noite, não. Não estou nenhum pouco satisfeito e estamos trabalhando na medida do possível”, declarou o comandante.

O CRB perdeu terreno para o adversário na segunda etapa, logo depois de marcar pressão e obter três escanteios a favor, que não foram aproveitados. Fernandes, por sua vez, confessou que a postura ofensiva na volta dos vestiários foi para marcar o terceiro gol e, praticamente, aniquilar a partida, o que não aconteceu.

“O que mais alertamos no vestiário era aproveitar o reinício de jogo para fazer o terceiro gol, mas, no momento que contra-atacamos, fomos ineficazes. Acabamos perdendo o meio de campo no decorrer do jogo. Eu gostaria que a equipe tivesse um pouquinho melhor, respondendo melhor dentro de campo, mas começamos um time do zero e é preciso ter paciência”, declarou.

Ainda de acordo com Fernandes, o CRB não jogou com o “espírito de quem joga no interior”. “Jogar no interior é diferente, é preciso ter espírito de time do interior. É jogar duro. Nesse jogo, se formos fiéis, um tempo foi de cada time. Os resultados tem aparecido. Nossos dois gols foram de jogada ensaiada, estou chateado porque queria estar em uma situação melhor”.

O comandante comentou também sobre a opção de poupar jogadores para a Copa do Nordeste, contra o Moto Club, no próximo domingo (03), no Rei Pelé. Para ele, mesclar a equipe considerada titular com os reservas sempre haverá uma consequência.

“Tivemos que poupar muitos jogadores devido ao confronto difícil que teremos pelo Nordestão. Minha zaga era toda reserva, meus laterais estão lesionados, não tivemos também o Ferrugem para não forçar a lesão que ele sentiu contra o Ceará. Tive que poupar, e o preço foi levar uma pressão desgraçada do Jaciobá, excepcionalmente, no segundo tempo”, completou.

 

Por Maurício Manoel | Portal Gazetaweb.com