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Na temerosa batalha travada pelos cartolas de Vasco e Fluminense pelo Setor Sul do Maracanã, o torcedor foi maior derrotado neste domingo. O relógio do placar eletrônico já marcava 30 minutos quando os primeiros torcedores acessaram a arquibancada, ao custo de muita confusão, confronto com policiais, pessoas feridas e tentativas de invasão ao estádio, a Justiça autorizou a abertura dos portões. Com o futebol em segundo plano, O Vasco sagrou-se campeão da Taça Guanabara, com 100% de aproveitamento, com a vitória de 1 a 0 sobre o Fluminense.

Enquanto o entorno do Maracanã parecia uma praça de guerra, a bola rolava no Maracanã, numa final sem brilho e sem o protogonista do espetáculo: o torcedor. O som dos cantos e gritos foi substituído pelo o de bombas que explodiam fora do estádio e ecoavam à beira do gramado. O pesado ambiente pode ter influenciado o comportamento das equipes que apresentaram o melhor futebol no início do Campeonato Carioca.

Dono da melhor campanha, com 100% de aproveitamento, o Vasco teve nos pés de Bruno César duas boas chances de abrir o placar. Contestado pela forma física, o substituto de Thiago Galhardo, machucado, foi travado no primeiro bom chute e, no segundo, chutou por cima, após o passe de calcanhar de Marrony.

O Tricolor teve uma boa oportunidade na finalização de primeira de Everaldo, mas foi justamente após a abertura dos portões do Maracanã, com maciça presença do Vasco no Setor Sul, que Yoni González teve a grande chance do clássico. Após enfiada de Luciano, ele soltou uma bomba no rosto de Fernando Miguel.

Com poucos torcedores alocados no Setor Norte, o Fluminense não se intimidou com a pressão do outro lado da arquibancada, em maioria absoluta, e quase abriu o placar na volta do intervalo. Yoni fez boa jogada de lado, mas Everaldo, da marca do pênalti, chutou por cima. Depois foi a vez de Luciano, que, de cabeça, perdeu outra chance real de gol no cruzamento de Everaldo.

O Vasco ganhava no grito de sua torcida, mas não na bola. Com uma postura mais defensiva, tinha dificuldade para na saída de bola e no encaixe do contra-ataque diante de um organizado Fluminense. A pressão nas bolas recuadas para o goleiro Rodolfo acabou virando opção de chegar ao gol.

Até que aos 35 minutos, Danilo Barcelos cobrou falta venenosa do bico direito da área, Marrony ainda tentou desviar, mas a bola passou por todos até estufar a rede de Rodolfo: 1 a 0. Na raça e no gogó do torcedor que cantou alto no Maracanã, o Vasco, faturou a Taça Guanabara, com uma irretocável campanha, com sete vitórias em sete jogos, numa final ofuscada por muita polêmica e confusão antes de bola rolar.

TRIBUNA HOJE