Nesta quinta-feira (07) pela manhã o coordenador da bancada federal em Brasília, deputado Marx Beltrão (PSD), participou de reunião na sede da Federação dos trabalhadores na Agricultura no Estado de Alagoas (Fetag) em Maceió. Na reunião, Beltrão deu início à articulação alagoana em defesa da aposentadoria dos trabalhadores rurais. O projeto de reforma da previdência enviada à Câmara pelo governo federal faz alterações no regime previdenciário que também afetam os homens e mulheres do campo. O encontro foi organizado pelo próprio parlamentar.

“Antes do carnaval me reuni com Sinteal e com Sinpro, sindicatos que representam os professores de Alagoas. O objetivo foi dialogar com estas entidades para defender os profissionais do magistério diante da reforma da previdência. Hoje fiz o mesmo com os trabalhadores rurais. Fundamental ouvir as demandas destes trabalhadores da agricultura para poder fazer uma defesa qualificada dos homens e mulheres do campo no plenário da Casa. Estes trabalhadores, que muitas vezes não são reconhecidos, terão todo meu apoio nesta causa em prol de uma reforma previdenciária justa” afirmou Marx Beltrão.

Os trabalhadores rurais, que hoje já têm regras diferenciadas para a aposentadoria, com a reforma passam a ter idade mínima de 60 anos para homens e mulheres para obter o benefício – mesma regra válida atualmente para os homens. A reforma vai aumentar a idade mínima para aposentadoria das mulheres. Pela regra vigente, elas podem se aposentar hoje a partir dos 55 anos. O governo federal também quer passar a exigir 20 anos de contribuição dos trabalhadores rurais – hoje, existe um tempo mínimo de atividade rural, de 15 anos. Outra novidade é que passa a ser exigido um valor mínimo anual de contribuição previdenciária do grupo familiar, de R$ 600,00. Hoje, não existe essa cobrança.

Dirigentes da União Nacional das Cooperativas de Agricultura Familiar e Economia Solidária (Unicafes) em Alagoas também participam da reunião na sede da Fetag. Nacionalmente, a Contag (Confederação Nacional dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares), emitiu nota criticando a reforma: “não é justo realizar uma reforma da Previdência prejudicando exclusivamente trabalhadores e trabalhadoras que recebem salário mínimo, que produzem alimentos para toda a população e desenvolvem o meio rural brasileiro, enquanto categorias que acumulam benefícios e privilégios continuam inatingíveis e gerando gastos exorbitantes aos cofres públicos”, afirma o documento.

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