Diante do levantamento do Ministério da Saúde (MS), que aponta 22 municípios alagoanos com risco de passar por uma epidemia da dengue, zika e chikungunya, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) orienta como evitar o aumento as arboviroses. Para isso não acontecer, segundo o supervisor de endemias da Sesau, Paulo Protásio, é necessário que cada alagoano faça uma vistoria diária em sua residência, o que leva em torno de 10 minutos, eliminando os possíveis focos do Aedes aegypti, transmissor das três doenças.

“É importante ficar atento, também, com a área externa de casas e condomínios durante esse período”, reforça o supervisor. Ele recomenda ainda que as piscinas e áreas de hidromassagem devem ser cobertas e que a manutenção seja periódica, com limpeza de ralos, canaletas externas e calhas para não obstruí-los e se transformarem em possíveis focos do mosquito.

Associado a isso, a orientação é deixar lonas usadas para cobrir objetos bem esticados, para evitar a formação de poças d’água. Outra ação de combate ao Aedes aegypti recomendada por Paulo Protásio é a atenção com plantas que podem acumular água, como bromélia e babosa.

Ações – O supervisor de Endemias da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), Paulo Protásio, garantiu que, diante dos números apresentados pelo MS, o Estado vai continuar apostando em qualificação, prevenção e ações educativas.  “Diante desse cenário, reforço a necessidade dos municípios intensificarem suas ações para reduzir a população do Aedes aegypti, transmissor dessas doenças. Deste modo, haverá uma articulação com todos os setores da sociedade, como a Atenção Primária, o Controle de Vetores da Vigilância Epidemiológica e Vigilância Sanitária, sobretudo as famílias, a fim de que elas protejam os recipientes que venham a armazenar e a estocar água para consumo doméstico de forma correta”, disse o supervisor.

Segundo ele, 80% dos focos do Aedes aegypti estão nesses recipientes. Logo, numa atitude proativa da sociedade, será possível reduzir a população do mosquito e, consequentemente, a possibilidade de surtos e epidemias em todo o Estado. “A intermitência do abastecimento de água nesses municípios tem levados as pessoas a estocarem água. O problema, contudo, não é armazenar, mas, sim, deixar os recipientes mal tamponados. Desse modo, a fêmea do Aedes aegypti tem a possibilidade de encontrar um ambiente de água parada para depositar os ovos e se reproduzir”, salientou.

Entre os municípios que correm o risco de passar por um surto de arboviroses estão Satuba, Craíbas, Maribondo, Campestre, Lagoa da Canoa, Murici, Jaramataia, Taquarana, Paulo Jacinto, São José da Tapera, Senador Rui Palmeira, Coité do Noia, Junqueiro, Arapiraca, Dois Riachos, Estrela de Alagoas, Ouro Branco, Coqueiro Seco, Atalaia, Teotônio Vilela, Girau do Ponciano e Major Izidoro.

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