Você já ouviu falar na depressão clínica? Essa é uma doença séria, mais grave do que a própria depressão. Confira como diagnosticar o problema, aqui no QVB!

Apesar de frequentemente, nos dias de hoje, ser tratada como um simples sentimento de tristeza, a depressão é uma doença grave, que exige tratamento e acompanhamento médico, e não deve ser confundida com períodos de tristeza e melancolia.

Uma pessoa com depressão, diferente de uma pessoa simplesmente triste, não tem controle sobre seus humores e suas emoções, e sente sinais físicos de que algo não está certo, como perda de apetite, de ânimo, de desejo sexual, etc.

Neste artigo, veremos o que é depressão clínica (e o que a difere da depressão situacional), as suas causas e os seus sintomas, como é feito o diagnóstico e quais os tratamentos possíveis para a doença.

O que é depressão clínica?

A depressão clínica, também chamada depressão profunda, depressão maior ou transtorno depressivo maior, é a mais grave das depressões, como o nome sugere.

Ela difere da depressão situacional, também chamada transtorno de ajuste com humor deprimido, por esta caracterizar-se por um curto período de depressão, geralmente desencadeado por algum evento traumático, como a perda de um ente querido, a perda de um emprego, um divórcio, etc. Na maioria dos casos, o paciente consegue se livrar desta doença por conta própria, apenas dando tempo ao tempo.

Entretanto, se os sintomas persistirem por muito tempo e, principalmente, afetarem o modo de vida da pessoa, tornando-a improdutiva, apática, sem perspectiva e vontade de exercer a sua vida normalmente, etc., é imprescindível buscar ajuda médica, pois pode se tratar de um caso de depressão clínica, necessitando acompanhamento, medicação e terapia.

Quais são as causas da depressão clínica?

  • Alterações biológicas no cérebro, especialmente por conta do descontrole de neurotransmissores;
  • Desequilíbrio hormonal, como o que ocorre durante e após a gravidez, em problemas de tireoide, na menopausa, etc.
  • Traços hereditários, pois alguns genes podem estar associados com a depressão, uma vez que é mais comum ter depressão quando há casos do transtorno no histórico familiar.

Alguns fatores específicos podem servir de gatilho para as alterações e os desequilíbrios associados à depressão, como eventos traumáticos, estresse físico e psicológico, doenças sistêmicas, como hipotireoidismo, consumo de drogas lícitas e ilícitas, alguns medicamentos, etc.

Quais são os sintomas da depressão clínica?

Alguns dos sintomas da depressão clínica são:

  • Tristeza;
  • Fadiga;
  • Indiferença;
  • Raiva e frustração;
  • Ansiedade e preocupação;
  • Dificuldade para dormir;
  • Irritabilidade constante;
  • Falta de energia, de interesse e de prazer para realizar as atividades do cotidiano;
  • Tristeza contínua e duradoura;
  • Pensamentos suicidas e autodestrutivos, podendo levar a tentativas de suicídio;
  • Perda ou ganho de peso;
  • Diminuição ou aumento do apetite;
  • Sentimento de inutilidade ou de culpa;
  • Dificuldade para tomar decisões;
  • Dificuldade de concentração;
  • Delírios, alucinações e outros distúrbios psicóticos, em alguns casos específicos.

Como é diagnosticada a depressão clínica?

O diagnóstico da depressão pode ser realizado por clínicos gerais, psiquiatras e psicólogos. Para ser diagnosticado com depressão, é preciso apresentar alguns dos sintomas listados acima, detalhadamente descritos no Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM), num período superior a duas semanas e na maior parte do dia. O médico pode até usar o DSM como critério para determinar se o seu caso é ou não de depressão.

O médico, então, fará uma série de perguntas e exames para precisar a doença, desde exames de sangue (para tentar detectar outras doenças que podem causar o desequilíbrio emocional), até observar o histórico familiar, uma vez que pode haver um fator genético envolvido.

Caso o diagnóstico seja realizado por um clínico geral, ele, possivelmente, irá encaminhar o paciente a um psiquiatra ou psicólogo, que possuem especialidade em identificar e tratar transtornos como o da depressão.

[VEJA AQUI: DIFERENÇA ENTRE DEPRESSÃO E ANSIEDADE]

Como é feito o tratamento da depressão clínica?

Diferentemente da depressão situacional, a depressão clínica não passa com o tempo, exigindo um tratamento apropriado, que geralmente consiste na combinação de medicamentos, psicoterapia e acompanhamento psicológico.

Além disso, há estudos que indicam que a prática de atividades físicas pode ajudar no tratamento da doença.

Em casos mais graves, especialmente de pessoas com tendências autodestrutivas e suicidas, é aconselhável a internação do paciente em hospitais, a fim de acompanha-lo mais de perto, até que esses sintomas desapareçam.

Jamais se automedique, pois a automedicação pode tanto agravar os sintomas como colocar sua vida em risco. Buscar ajuda médica, em caso de depressão clínica, é imprescindível!

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