Depois das manifestações dos dias 15 e 30 de maio, o Brasil deve parar na próxima sexta-feira (14) com a greve geral, convocada por centrais sindicais. A pauta principal é a reforma da Previdência. Além das paralisações trabalhistas previstas por sindicalistas, haverá manifestações em pontos estratégicos do país.

Em Alagoas, o ato está sendo organizado pela Central Única dos Trabalhadores (CUT), Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Central Sindical e Popular Conlutas (CSP), Frente Brasil Popular e Povo Sem Medo. As centrais contam com o apoio de movimentos estudantis, além de sindicatos como Sinteal, Sindjus, Sindspref, entre outros.

Para dar mais força à greve geral, no início da noite desta segunda-feira (10) o Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários no Estado de Alagoas (Sinttro) decidiu aderir ao movimento. De acordo com a assessoria de comunicação da entidade, 650 ônibus (Urbano e Intermunicipal) e 4.500 rodoviários param as suas atividades na sexta-feira (14) e só retornam ao trabalho no sábado (15).

A assembleia em que os trabalhadores rodoviários decidiram paralisar suas atividades durante a greve geral do dia 14 de junho teve duração ainda pelo período noturno, no qual o sindicato pautou outros assuntos referentes à categoria.
Partidos se aliam ao debate contra reforma

O presidente do PSOL, Gustavo Pessoa também confirmou que o partido estará nas ruas, como esteve nos atos anteriores em defesa da educação e contra os cortes orçamentários das universidades e institutos federias.

Gustavo Pessoa lembra que a greve geral oportuniza, ainda, cobranças a figuras ligadas ao Judiciário (Foto: Sandro Lima/arquivo)

“A gente entende que é um momento fundamental para os trabalhadores e estudantes do país e uma oportunidade para dá uma resposta política ao governo Bolsonaro, mais uma vez deixar muito claro que o PSOL ele está ao lado dos estudantes, contra os cortes orçamentários, na luta contra a reforma da previdência, porque na nossa compreensão ao contrário do que diz a propaganda oficial do governo, essa reforma não é para combater privilégios e sim que penaliza a população mais pobre do país, o trabalhador rural”.

O líder partidário citou também que a greve geral será um momento importante para cobrar uma explicação ‘séria’ do atual ministro da Justiça, Sérgio Moro, que teve conversas vazadas entre ele e um dos procuradores do Ministério Público Federal da Força Tarefa da Lava Jato, Deltan Dellagnol, as quais levantam suspeitas do ex-juiz federal.

SOMA

O presidente do PCdoB no estado, Lindinaldo Freitas, destaca que o partido se soma aos trabalhadores, estudantes e suas entidades na realização da greve geral do dia 14 e nas suas diversas lutas.

“O protagonismo é das centrais sindicais, sindicatos e demais entidades. A pauta principal é o repúdio dos trabalhadores a Reforma da Previdência”.

NACIONAL

A oposição ao governo de Jair Bolsonaro (PSL) também se mobiliza para inflar a aderência ao movimento desta semana. Nacionalmente a presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), Gleisi Hoffmann, convocou os atos em seu perfil no Twitter, mesma situação do PCdoB e Psol, onde seus líderes nacionais utilizaram suas redes sociais para apoiarem a greve geral.

O presidente do PT em Alagoas, Ricardo Barbosa disse que o partido estará em todas as lutas e manifestações que sejam em prol do povo brasileiro.

“Nós somos um partido que praticamente nasceu das manifestações, das greves, a exemplo da greve do ABC Paulista e estaremos no dia 14 e agora mais reforçado ainda será o dia 14 por conta de que a máscara caiu em relação a tudo que o PT e o Lula sofreram nesses últimos anos, a gente já fazia essa denúncia, mas parece que uma boa parcela da população fez ouvidos moucos, mas agora não é o PT que está fazendo a denúncia. Vamos ajudar na mobilização e desde já a gente conclama para que todos as forças democráticas e progressistas estejam nas atividades do dia 14”.

Fonte: Tribuna Independente