Com a paralisação dos agentes penitenciários desde a última sexta-feira (26), familiares de reeducandos estão impedidos de realizar visitas e entregar roupas e alimentos. Por este motivo, um grupo composto por mães e esposas de detentos protestou nesta terça (30) na porta do Palácio República dos Palmares para cobrar uma solução do governo para essa questão.
A reportagem da Tribuna Independente conversou com uma das mulheres que se identificou apenas como Nadja. Revoltada, ela disse que o protesto é para chamar a atenção do governo em relação à paralisação dos agentes penitenciários que acabou ocasionando o impedimento das visitas de familiares e a entrada de mantimentos para os reeducandos.
“Não esta tendo visita, não está entrando feira, não está entrando nada. Vai fazer duas semanas que não tem mais visitas e não está entrando feira. Eles [reeducandos] estão sem material higiênico. Parou todos os presídios”.
Através de uma nota, o Sindicato dos Agentes Penitenciários de Alagoas (Sindapen), informou que após diversas tentativas de negociação com os mais diversos segmentos dos poderes de Alagoas para sensibilizar a todos acerca da situação caótica que se encontra o sistema penitenciário alagoano, se fazendo necessário a realização urgente de concurso público para agente penitenciário, bem como a renovação da bolsa qualificação e implantação do auxílio alimentação, a categoria decidiu após assembleia que só serão realizados os serviços de preenchimentos de postos operacionais, destranca e tranca de toda a população carcerária, distribuição rotineira de alimentos, atendimento para advogados e atendimento de toda a demanda do poder judiciário.
A reportagem da Tribuna procurou a secretaria estadual de Ressocialização (Seris) para repercutir o assunto, mas a assessoria do órgão explicou que por se tratar de questão de concurso público, a orientação é para buscar informações junto à Secretaria de Estado do Planejamento, Gestão e Patrimônio (Seplag).
Em nota, a Seplag informou que vem fazendo análises técnicas para ver a viabilidade, dentro das possibilidades orçamentárias da máquina pública alagoana, da realização de um concurso para os agentes penitenciários. A pasta pontuou também que, tanto o processo de auxílio alimentação da categoria, quanto o de renovação do pagamento da bolsa qualificação estão seguindo os trâmites normais exigidos.
Fonte: Tribuna Independente / Carlos Amaral