Aumentou o número de casos de dengue em Alagoas segundo a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau). Nos seis primeiros meses deste ano já foram registrados 4.149 casos da doença. Já no mesmo período de 2018 foram 1.196. Apesar das notificações, a doença não registrou mortes este ano. Em todo o ano de 2018 foram confirmados dois óbitos por dengue.

O estado também registra aumento nos números de zika e chikungunya. No primeiro semestre de 2018, a zika teve um registro de 73 pessoas com o vírus, este ano já são 151 casos. Em 2018, duas pessoas foram a óbito por conta da doença. E a chikungunya foram 74 casos nos seis primeiros meses de 2018. Já este ano, os registros mais que quadruplicaram, são 344 casos. As doenças não fizeram vítimas fatais em 2019.

A Sesau ressalta que os cuidados devem ser dobrados em todos os municípios alagoanos. O órgão esclarece que a forma mais eficaz de evitar o aumento dos casos de dengue é investir no combate ao mosquito Aedes aegypti, que transmite a doença, além da zika e chikungunya.

Por esta razão, além do cuidado que cada cidadão deve adotar em sua residência, evitando manter expostos recipientes com água limpa e parada, limpando quintais, calhas e caixas d’água e descartando garrafas de plástico ou qualquer recipiente que possa acumular água, a Sesau tem prestado assistência técnica aos 102 municípios, para que os agentes de endemias executem as ações de campo de forma eficaz, resultando na redução de casos da doença, a exemplo do que ocorreu no ano passado.
Sesau promove ações de combate ao mosquito

E para evitar o aumento de casos nos próximos meses, a Sesau prevê também a distribuição de larvicida e inseticida, disponibilizando o carro fumacê para os municípios que apresentarem aumento da infestação do vetor, além de capacitar os novos agentes de endemias, promovendo campanhas educativas para conscientizar a população e prestando orientação durante os projetos Governo Presente e Vida Nova nas Grotas.

INFECTOLOGISTA

A infectologista Claudeane Bezerra orienta que quando surgirem alguns dos sintomas, o paciente deve procurar o especialista. “O surgimento de febre alta associada à dor de cabeça, dor atrás dos olhos, dores no corpo ou nas articulações, vômitos ou manchas no corpo, pode indicar um quadro de dengue. Diante desses sintomas, é importante evitar automedicação e procurar atendimento médico. Os casos mais graves devem ser avaliados por um infectologista’’.

A especialista também orienta sobre alguns cuidados que o próprio cidadão deve ter para evitar contrair a doença.

“A principal forma de prevenir a dengue é combatendo o mosquito transmissor (Aedes aegypti), evitando sua proliferação em reservatórios de água parada em caixas d’água abertas, pneus, garrafas vazias, acúmulo de lixo e outros recipientes pequenos. Outra forma de prevenção é o uso de loções repelentes de mosquito, bem como a escolha de vestimentas que reduzam a área do corpo exposta, sobretudo durante o dia e final da tarde, uma vez que o Aedes tem hábitos diurnos. Não podemos esquecer que além da dengue, o Aedes aegypti também transmite outras doenças, como zika e chikungunya, por exemplo’’, destaca a infectologista.

Fonte: Tribuna Independente