Maceió vai registrar o primeiro protesto em defesa da Amazônia neste sábado (24). A concentração dos manifestantes será às 14h, no antigo Alagoas Iate Clube, “Alagoinhas”, na orla de Ponta Verde. A expectativa é de que a caminhada siga em direção à Pajuçara.

De acordo com uma das organizadoras, Letícia Araújo, o “Amazônia da Rua” tem como objetivo chamar a atenção do governo brasileiro e das pessoas em relação as queimadas que estão acontecendo na Amazônia.

“Teremos o primeiro ato grande com pessoas aqui de Maceió que se importam com o que está acontecendo. Seremos ativistas, estudantes, técnicos ambientais e engenheiros. É um movimento que está acontecendo no Brasil todo. O intuito é ir às ruas contra a atual política ambiental brasileira”, disse.

Antes do início da caminhada, o protesto ainda contará com uma programação dividida em duas partes: uma oficina de cartazes de papelão e uma conversa com pesquisadores – Aline Neves, Karine Neves, Pedro Simonard e Josiclea Pereira – sobre aspectos relacionados à situação da Floresta Amazônica.

“Recomendamos aos manifestantes que levassem pincel, papelão, marcador, itens que tivessem em casa. Depois teremos uma roda de conversa com pesquisadores que trabalham com diversos temas e tem experiencia para falar sobre a temática. O intuito da roda é informar as pessoas que vão participar do ato, torna-las disseminadoras de informações verdadeiras para combater as fake news”, explicou Letícia.

QUEIMADAS

A Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema) informou que, apenas nos primeiros sete meses de 2019, Amazonas registrou 1.699 focos de calor, dos quais 80% (1.372) aconteceram em julho, mês em que se iniciou o período de estiagem.

Em razão disso, o governador do estado, Carlos Almeida (PRTB), assinou um decreto que colocou em situação de emergência partes da região. O objetivo é agilizar as ações de combate aos focos de calor, conter o desmatamento e as queimadas na Amazônia, que são comuns nesta época do ano.

Além disso, as queimadas já têm chamado atenção mundial. O secretário-geral da ONU, António Guterres, demonstrou preocupação e ressaltou que não é possível arcar com os danos para uma das maiores fontes de oxigênio e biodiversidade.

O assunto deve ser um dos mais importantes a seres discutidos durante a cúpula do G-7 neste fim de semana. A informação foi confirmada pelo porta-voz da primeira-ministra Angela Merkel, Steffen Seibert, neste sábado (24).

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