écnicos enviados pelo Governo Federal chegaram à Maceió para definir a remoção das famílias das áreas de encosta no Mutange e Jardim Alagoas. Parte das famílias deve ser retirada inicialmente, sendo 740 para imóveis definitivos recém-construídos e as demais receberão ajuda humanitária até a conclusão de obras.

De acordo com o secretário Municipal de Governo, Eduardo Canuto, as reuniões desta segunda-feira (7) e esta terça (8) são para discutir critérios técnicos. Não há informações, até agora, sobre a data de início das remoções.

“A gente está bem naquela fase técnica, criando as estratégias para a remoção dessas famílias. Tem toda uma estratégia para se fazer. A gente precisa resolver toda essa parte de documentação. Para que as famílias não paguem anda, temos que considerar que existem pessoas idosas, deficientes físicos, pessoas com problemas de saúde”, explicou.

Conforme apurado, durante esta semana o grupo de trabalho deve se reunir para definir pontos como documentações, processo de mudanças e outros critérios relacionados ao Plano de Ação Integrada (PAI) produzido pela Prefeitura.

As áreas que passarão inicialmente pela realocação estão setorizadas como rosa claro, de acordo com o Mapa de Setorização de Danos da Defesa Civil, documento embasado pelo relatório técnico do Serviço Geológico do Brasil (CPRM). A área é prioritária e a remoção atende à solicitação dos pesquisadores. “Deve ser totalmente evacuada por apresentar maior instabilidade de solo”, diz a Prefeitura.

Na semana passada, a Prefeitura de Maceió havia anunciado a autorização do Governo Federal para utilização de moradias do programa Minha Casa, Minha Vida para alocação das famílias de áreas de risco nos bairros do Pinheiro, Bebedouro e Mutange. Ao todo 1.240 moradias em Maceió serão destinadas aos moradores dessas áreas. Destas, 740 já foram construídas nos bairros do Rio Novo e Benedito Bentes. As 500 restantes estão em fase final de execução e estariam disponíveis entre dezembro e janeiro.

ENTENDA

Também na semana passada, a Prefeitura de Maceió publico decreto que renova a situação de calamidade pública nos bairros do Pinheiro, Bebedouro e Mutange. Os bairros foram setorizados por áreas de menor e maior grau de risco por conta de instabilidades e afundamento de solo. Segundo o Serviço Geológico do Brasil a causa do afundamento é a mineração de sal-gema realizada pela empresa Braskem S/A. A empresa, por sua vez nega a responsabilidade e afirma que tem realizado estudos que apontam outras possíveis causas para o processo. Enquanto isso, mais de 40 mil moradores afetados nos três bairros aguardam definição de imbróglio judicial para reparações.

Fonte: Tribuna Independente