A Academia Alagoana de Letras completou, nesta quarta-feira (30), 100 anos de história. Uma solenidade no auditório do Instituto Histórico e Geográfico de Alagoas celebrou o primeiro centenário da Academia com a presença dos imortais e de várias autoridades da política alagoana, como o prefeito de Maceió, Rui Palmeira, o secretário de Estado da Comunicação, Enio Lins, o procurador-geral de Justiça, Alfredo Gaspar de Mendonça, além de vários convidados especiais, como o presidente da Academia Brasileira de Letras (ABL), Marco Lucchesi.
Com o auditório lotado, foram prestadas várias homenagens durante o evento. Os imortais da Academia Alagoana de Letras receberam medalhas comemorativas em alusão aos 100 anos da entidade. O presidente da ABL, Marco Lucchesi, e o empresário Luiz Antonio de Melo Jardim, que representa a Casas Jardim, também foram homenageados com medalhas.
Marco Lucchesi discursou para os convidados presentes e falou sobre o primeiro século celebrado pela Academia Alagoana. “Estes 100 anos que completa a Academia Alagoana de Letras marcam a todos nós. As academias devem continuar fazendo o que nossos antepassados fizeram, para que o futuro seja afetuoso. Elas representam um processo de desenvolvimento dentro de uma civilização”, disse Lucchesi.
Após as homenagens, o evento contou com uma apresentação musical da pianista Selma Britto em parceria com a cantora lírica Elvira Rebelo. Entre as músicas interpretadas, ‘Gente Humilde’, de Chico Buarque, Garoto e Vinícius de Moraes, ecoou no auditório e fez os convidados cantarem junto.
O atual presidente da Academia Alagoana de Letras, Alberto Rostand Lanverly, fez um discurso acalorado aos convidados e afirmou que “a Academia sempre será forte e pujante”. “Querer é poder, mas o verdadeiro poder é o saber”, disse o presidente.
O prefeito Rui Palmeira falou com a reportagem da Tribuna e afirmou que o centenário da Academia é motivo de muita felicidade. “São pessoas que estão fazendo algo altamente relevante para o estado, que é pensar, escrever. É algo muito democrático, principalmente nos dias atuais, em que a gente vive momentos de beligerância e ódio. Então, é muito importante ter uma casa do ‘livre pensar’. É importante que esta casa chegue, no dia de hoje, aos seus 100 anos”, comentou Palmeira.
O secretário de Estado da Comunicação, Enio Lins, também falou à reportagem sobre a importância dos 100 anos da entidade. “As academias de letras, a partir de um determinado tempo, passaram a representar um marco na cultura e na civilização. Inspiradas na Academia Francesa de Letras, elas se espalharam pelo mundo. Aqui em Alagoas, em 2019, ao comemorar 100 anos, o estado alagoano reafirma sua civilidade. Alagoas reafirma o seu momento maior de uma sociedade que também se une em torno da cultura, das letras e das artes. Então, esse é um momento da cidadania”, afirmou o secretário.
Fonte: Reportagem: Rívison Batista