Com o fim do Estado Novo (1937 – 1945) e a redemocratização do país, Rui Soares Palmeira iniciou sua trajetória política nas eleições de 1945, elegendo-se deputado constituinte pela UDN com 3.319 votos, ficando em 5° lugar nas nove vagas em disputa.

A eleição de 1947 foi realizada durante a presidência de Eurico Gaspar Dutra (PSD). A hegemonia da política alagoana estava sob o domínio da família Góis Monteiro, que comandava o PSD em Alagoas e Pedro Aurélio de Góis Monteiro era o chefe político da família. Silvestre Péricles de Góis Monteiro (PSD) foi escolhido pelo grupo para ser candidato ao governo do Estado. O adversário de Silvestre foi Rui Palmeira (UDN). Silvestre foi eleito com 33.900 votos (59,71%) e Rui ficou em segundo lugar com 22.876 votos (40,29%).

Rui Palmeira, depois da derrota sofrida para o governo do Estado nas eleições de 1947, volta a disputar um novo pleito nas eleições 1950, no qual foi eleito pela segunda vez deputado Federal pela UDN com 8.370 votos, ficando em 2° lugar.

As eleições estaduais de Alagoas em 1954, somente tiveram disputas para os cargos de deputado estadual (35 vagas), deputado federal (9 vagas) e 2 vagas para o senado. Rui Palmeira (UDN) alçou voos mais altos e foi eleito para o Senado em 2° lugar com uma votação de 56.674 votos (26,19%). Freitas Cavalcanti (UDN) ficou em 1° lugar com 60.061 votos (27,76%).

Rui Palmeira (UDN) foi reeleito nas eleições de 1962 para o Senado da República nas duas vagas em disputa. Ficou em 2° lugar com 50.303 votos (20,90%). Arnon de Melo (PDC) foi o primeiro colocado com 66.260 votos (27,53%). Rui, nessa legislatura, foi primeiro-secretário da mesa e depois vice-presidente do Senado em 1963, sendo reconduzido à vice-liderança da minoria em 1964. Após o movimento político-militar de março deste ano, com a extinção dos partidos políticos pelo Ato Institucional nº 2 (27/10/1965) e a posterior implantação do bipartidarismo, ele filiou-se ao partido governista, a Aliança Renovadora Nacional (Arena).

Nas eleições de 1965, Rui Palmeira (UDN) foi pela segunda vez candidato ao governo de Alagoas, não logrando êxito, ficando em segundo lugar com 43.707 votos (32,33%). Em primeiro lugar foi Muniz Falcão com 59.338 votos (43,90%), porém a vitória de Muniz foi esbarrada na Emenda Constitucional nº 13, promulgada em 8 de abril de 1965, que exigia a maioria absoluta de votos para a homologação do resultado e caberia à Assembleia Legislativa resolver o impasse; contudo, por vinte votos contrários ele foi derrotado. A partir de então, o Estado de Alagoas passou a ser governado por um interventor federal, General João Tubino até o momento em que os deputados estaduais escolhessem o novo Governador, conforme previa o Ato Institucional nº3 que legitimou a eleição indireta de Lamenha Filho para governar o Estado e cuja posse aconteceu em 15 de agosto de 1966.

Rui Palmeira faleceu no dia 16 de dezembro de 1968, em pleno exercício de seu mandato no Senado, sendo substituído pelo suplente Mário Gomes de Barros.

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