Contando desta sexta-feira (15), feriado da Proclamação da República, ficam faltando exatamente 47 dias para 2020. E o planejamento para o ano que vem já pode ser feito. Ao contrário deste ano, que teve apenas cinco datas comemorativas prolongadas, em 2020 serão exatamente nove feriados emendáveis em nível nacional, e isso, sem contar os feriados estaduais e municipais de cada cidade.

Mais precisamente os feriadões serão: Carnaval (24 de fevereiro, segunda-feira), Paixão de Cristo (10 de abril, sexta-feira), Tiradentes (21 de abril, terça-feira), Dia do Trabalho (1º de maio, sexta-feira), Corpus Christi (11 de junho, quinta-feira), Independência do Brasil (7 de setembro, segunda-feira), Nossa Senhora Aparecida (12 de outubro, segunda-feira), Finados (2 de novembro, segunda-feira) e Natal (25 de dezembro, sexta-feira). Maioria vai cair as segundas, terças, quintas ou sextas-feiras.

Vale ressaltar ainda que o feriado de 1º de janeiro será em uma quarta-feira e o da Proclamação da República, em 15 de novembro, acontece em um domingo. Até o fim do ano, o Ministério do Planejamento divulgará uma portaria com todas as datas oficiais.

FERIADOS DE 2020

Ano novo: 1º de janeiro – quarta-feira; Carnaval: 24 a 26 de fevereiro- segunda-feira a quarta-feira; Sexta-feira Santa: 10 de abril – sexta-feira; Páscoa: 12 de abril – domingo; Tiradentes: 21 de abril- terça-feira; Dia do Trabalho: 1º de maio – sexta-feira; Corpus Christi: 11 de junho – quinta-feira; Independência do Brasil: 7 de setembro – segunda-feira; Dia de Nossa Senhora Aparecida: 12 de outubro – segunda-feira; Finados: 2 de novembro – segunda-feira; Proclamação da República: 15 de novembro -domingo e Natal: 25 de dezembro- sexta-feira.

Além dos feriados nacionais existem os estaduais e os pontos facultativos que em Alagoas são: 24 de junho, São João (feriado estadual); 29 de junho, São Pedro (feriado estadual); 16 de setembro, Emancipação Política de Alagoas (feriado estadual); 20 de novembro, Zumbi dos Palmares (feriado estadual) e 30 de novembro, Dia Estadual do Evangélico (feriado estadual). Já os pontos facultativos em Alagoas são; 18 de abril, Quinta-Feira Santa (ponto facultativo); 19 de abril, Sexta-Feira da Paixão (ponto facultativo); 28 de outubro, Dia do Servidor Público (ponto facultativo); 8 de dezembro, Nossa Senhora da Conceição (ponto facultativo); 24 de dezembro, véspera de Natal (ponto facultativo) e 31 de dezembro, véspera do Ano Novo (ponto facultativo).

Em Maceió os feriados municipais são: 29 de junho, Marechal Floriano Peixoto; 27 de agosto, Nossa Senhora dos Prazeres e 8 de dezembro, Nossa Senhora da Conceição.

“Datas não terão tanto impacto devido à MP da Liberdade Econômica’’

Fazer um planejamento para descansar, viajar ou até ter um dia de lazer, pode até ser feito, mas a Medida Provisória (MP) da Liberdade Econômica, convertida em lei em 20 de setembro deste ano que, entre as mudanças, flexibiliza regras trabalhistas, como dispensa de registro de ponto para empresas com até 20 empregados, e elimina alvarás para atividades consideradas de baixo risco, também abre brechas para o funcionamento nos feriados. Ou seja, tudo agora vai depender dos acordos entre patrões e empregados.

O assessor econômico da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Alagoas (Fecomércio AL), Felippe Rocha diz que os feriadões compensam os ganhos de recursos para outros setores. “Os feriados agora não têm mais tanto impacto, visto que a liberdade econômica prevê o trabalho aos feriados, mas o trabalho aos domingos foi mantido intacto. Fora que os feriadões acabam compensando a atividade econômica em outros setores’’.

Já para o presidente da Aliança Comercial, Guido Júnior, os feriadões atrapalham e a queda para o comércio é de 6% no resultado final. “Atrapalha sempre, mesmo quando abrimos pagamos hora extra. Fica mais caro, mas é necessário. Muitos viajam, mas em contrapartida os que vão para o comércio vão com intuito de comprar e isso faz com que valha a pena abrir. Já quando se trata de feriadão acarreta numa queda em média de 6%no resultado final’’.

A gerente de uma loja de produtos naturais, Paula Tereza de Albuquerque, trabalhar ou não no feriadão depende do feriado e do momento do comércio. “A gente como funcionário não deve apenas pensar no que seria bom para nosso lado pessoal. Digo isso, porque não estamos vivendo um momento bom na economia do país, e se no feriado for ativo para a venda, deve ser aberto sim. Se a empresa não lucrar, a gente também pode ser prejudicado. Então, deve ser feito uma avaliação, se há público, devemos trabalhar, e sem contar que na maioria das vezes existe o extra no salário. Ou seja é uma via de mão dupla, nem todo feriado é propício para trabalhar ou descansar, e vice versa’’.

A vendedora Flávia Francisca tem a mesma avaliação de Tereza e acredita que os dias de descansos podem ser compensados depois. “Se for para ganhar uma renda extra, eu trabalho, pois não adianta nada ficar em casa e não ter o dinheiro para pagar uma conta ou até mesmo sair para um dia de lazer. Mas não digo isso para todos os feriados. Existem alguns que de fato não dá para trabalhar, tem que ser folga mesmo.”

O também vendedor Alisson Cândido diz que é necessário se fazer um planejamento. “Depende a ocasião e o dia. Se for um dia que haja de fato um movimento, é justo haver expediente. Mas, caso não, nem adianta abrir a loja, pois ela não vai ter movimento e vai acontecer o contrário, gastos de água, energia e etc. Então não vale a pena ser aberto, daí vamos aproveitar também para descansar.”

Já Monique Trindade e Thaís dos Santos, ambas vendedoras, dizem que o descanso é essencial porque ninguém é máquina para trabalhar de domingo a domingo, mas disseram que se for o caso e houver um acordo com os chefes aceitariam numa boa. “Feriado é sinônimo de descanso, mas a legislação já permite que a gente trabalhe. Na verdade não mudou muito, pois acontece assim já nos shoppings. Ou seja, se o fluxo de clientes for nos fins de semanas e feriados, é o dia que entra o lucro na loja, a gente trabalha porque é desse lucro que sai nosso salário, então não vejo problemas, tudo deve ser feito com acordo entre as partes.”

Fonte: Tribuna Independente