As manchas de sangue encontradas e recolhidas pela Perícia Oficial do Estado de Alagoas pertencem ao pedreiro José Renildo Cassimiro da Silva, de 26 anos, que desapareceu na cidade de Campo Alegre, após abordagem de guardas municipais.
Responsável pelos exames, a perita criminal Marina Lacerda Mazanek explicou que o confronto genético para identificação humana foi realizado através de material biológico da mucosa oral fornecido pelos filhos da vítima desaparecida. Como não havia amostra de sangue de Renildo Cassimiro, o delegado solicitou que no exame fosse verificado se os vestígios biológicos encontrados pertenciam ao pai biológico das crianças.
Essas amostras dos filhos, um menino e uma menina, foram inicialmente confrontadas separadamente com o material encontrado e recolhido em uma estrada vicinal. Em seguida a perita precisou extrair o sangue do estofado retirado da porta do veículo Hillux de placa ORM–9675, da Guarda municipal de Campo Alegre/AL para realizar o mesmo exame.
“Os exames de confronto genético visavam constatar se o material biológico, extraído das manchas de sangue encontradas tanto na estrada como no estofado eram compatíveis com o pai biológico das duas crianças. Após analisar os perfis genéticos ficou comprovado que o material coletado pertencia ao pai biológico dos meninos, com probabilidade de 99,9999999%”, a afirmou a perita.
O pedreiro José Renildo Cassimiro da Silva, de 26 anos, desapareceu no dia 04 de outubro, após ser colocado no interior da viatura por guardas municipais de Campo Alegre. Cinco dias depois, uma perícia realizada na zona rural do município conseguiu localizar e recolher em uma estrada vicinal material biológico e estilhaços de vidros compatíveis com o da porta traseira da viatura da guarda que foi quebrada.
A poucos metros desse mesmo local, também foi encontrado marcas de pneumáticos compatíveis com o pneu do veículo usado pelos guardas no dia do fato. Um novo exame realizado na viatura da guarda de Campo Alegre identificou manchas de sangue no interior do veículo que teria sido usado no desaparecimento do pedreiro.
Todos os laudos do Laboratório de Genética Forense do Instituto de Criminalística relacionados a esse caso foram encaminhados para o 75º Distrito Policial de Campo Alegre que investiga o desaparecimento de Renildo Cassimiro.
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