o primeiro dia útil após o decreto estadual Nº 69.700 que intensifica as medidas de higiene e proteção à covid-19, supermercados, bancos e outros estabelecimentos seguem a adaptação. Uso de máscaras, distância de 1,5m entre clientes e uso de álcool 70% são algumas das medidas adotadas até em estabelecimentos de pequeno porte.
De acordo com a Associação dos Supermercados de Alagoas (ASA) as medidas de prevenção e higiene já vinham sendo implantadas. O presidente da entidade, Raimundo Barreto afirma que os clientes vêm sendo orientados a utilizar máscaras e reforçar os cuidados no interior dos estabelecimentos.
“A gente está orientando a todos os clientes que usem máscaras para ir aos supermercados. Os colaboradores, todos eles estão com máscaras, se protegendo… Para os clientes nós colocamos placas indicando o uso de máscaras. Estamos trabalhando regularmente, utilizando faixas para distanciamento de 1,5m, limite de capacidade… estamos obedecendo todo o regulamento”, pontua.
Gerente de um supermercado no bairro da Ponta Verde, Edmilson Santos explica que a grande maioria dos clientes tem feito uso de máscaras, inclusive com uma mudança de mentalidade.
“Desde o primeiro decreto começamos a fazer a implantação, e agora mais ainda nesse último decreto, que ficou mais ostensivo, e a obrigatoriedade de os funcionários portarem o EPI, e também de orientar o cliente ao uso da mesma. Mesmo assim, ainda encontramos algumas resistências. Logo no começo, as pessoas que usavam a máscara eram taxadas, se sentiam estranhas. Agora está ao contrário, cerca de 95% das pessoas que entram no supermercado hoje são com máscaras. E aqueles que não estão, é que ficam com aquela necessidade de adequação. Houve uma mudança no cenário”, conta
Edmilson detalha que, apesar de muitos reconhecerem a importância, ainda há resistência e o trabalho de conscientização por parte dos funcionários é intenso.
“Eu creio que nos próximos dias todas as pessoas utilizem, 100%, por conta da fiscalização também, para dar mais força para aqueles que trabalham na linha de frente dos serviços essenciais. Não é fácil, porque não podemos impedir o cliente de entrar sem a máscara, a gente sabe que existe muita resistência, mesmo sabendo que é para um bem maior, seja para quem atende, seja para quem compra. É uma questão de segurança, até mesmo no distanciamento, têm pessoas que burlam, a gente tem que orientar, pedir para afastar”, acrescenta o gerente.
Instituições financeiras também se adequam
As instituições financeiras também estão adequando o atendimento para garantir mais segurança aos clientes após o novo decreto.
De acordo com a assessoria local do Banco do Brasil, o horário de atendimento foi alterado para que serviços vinculados ao Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) sejam atendidos com maior fluidez.
“Com o início do pagamento dos aposentados e pensionistas do INSS, visando minimizar as aglomerações desse grupo de risco, foram selecionadas agências que concentram o maior volume de pagamentos, com horário diferenciado, das 9h às 10h, exclusivamente para os atendimentos essenciais a esse público. O BB também selecionou outro grupo de agências com grande fluxo de beneficiários e viabiliza a abertura das Salas de Autoatendimento das 6h às 22h. O banco orienta que, ao procurar uma dessas salas, as pessoas mantenham a distância mínima de dois metros entre si. As Salas são monitoradas de forma a garantir seu pleno funcionamento em relação a abastecimento de numerário, limpeza permanente do ambiente e segurança”, diz o banco.
PROIBIÇÃO
Segundo o decreto, o uso de máscaras é recomendado em locais públicos ou de circulação de pessoas. Além disso, os estabelecimentos devem orientar os clientes a utilizarem. “Garantir a disponibilização de máscaras aos funcionários e colocar avisos, em diversos locais da loja, principalmente nas entradas, para que os clientes utilizem máscaras”, diz o texto.
No entanto, conforme apurou a reportagem, seja por excesso de zelo ou por má interpretação do decreto alguns estabelecimentos comerciais estariam proibindo clientes de entrar sem o item.
Raimundo Barreto admite que há relatos de excessos, mas que são casos pontuais e que a orientação é de apenas recomendar o uso e não proibir a entrada.
“Existem algumas lojas que estão proibindo de entrar sem máscara, mas não é obrigatório, não se deve obrigar ninguém a colocar. Tem loja proibindo, outras não. A questão é ir educando as pessoas a usar. O decreto recomenda, a gente recomenda, estamos pedindo a todos que usem para evitar um transtorno pior amanhã ou depois. Alguns clientes agem numa boa, têm bom senso, alguns não reagem bem. Quem não estiver de máscara pode entrar, mas o objetivo é que todos usem”, explica.
Fonte: Tribuna Independente / Evellyn Pimentel
(Foto: Edilson Omena)