O governador Renan Filho (MDB) não vê problema algum em os ministérios públicos Federal e Estadual pedirem explicações sobre o plano de isolamento social controlado, que deve ser posto em prática a partir do próximo dia 22. Em entrevista coletiva na manhã de segunda-feira (15), ele destacou a importância de as instituições participarem das ações de combate à pandemia de covid-19 em Alagoas.

“É muito importante que todos acompanhem o novo modelo de isolamento social controlado. E isso não é flexibilização. O papel dos órgãos tem sido importante em colaborar. Precisamos de muitas mãos para construir um caminho que possa contar com o apoio de todos. No Estado democrático de Direito é assim, temos de conversar com todos”, comenta o governador.

Ele ainda ressalta a possibilidade recuo, caso o número de casos, demanda por leitos hospitalares e mortes passe a aumentar após a implantação do plano de isolamento social controlado.

“Vamos testar quais as possibilidades de, gradativamente, atingir o retorno de atividades econômicas. Vamos testando, se aumentar a demanda de leitos e de mortes, a gente recua”, garante o governador.

Renan Filho ainda destacou as recentes pesquisas da Universidade Federal de Pelotas sobre a presença da covid-19 em Maceió.

“A Universidade de Pelotas identificou que 10% da população de Maceió adquiriu anticorpos. Ou seja, já foi infectada pela covid-19. Também é preciso destacar a quantidade de curados. Nós já curamos muita gente aqui. A pandemia em Maceió está estabilizada em número de mortes e de demandas por leitos de UTI”, comenta Renan Filho.

O protocolo sanitário do plano de isolamento social controlado prevê a reabertura gradual da economia de Alagoas em cinco fases. Tudo ocorrer como planejado, terá início em 22 de junho.

MPS

No último domingo (14), os ministérios públicos Federal e Estadual divulgaram ter enviado ofício conjunto ao Governo do Estado pedindo detalhes acerca dos critérios a serem considerados para o início do plano de isolamento social controlado, previsto para o próximo dia 22 de junho.

“Além disso, submetem à apreciação do Governo do Estado um parecer técnico elaborado por especialistas, constando dados preocupantes quanto à adequação da política pública anunciada pelo governo”, ressaltam os órgãos através de suas assessorias de comunicação. O prazo dado para as respostas foi de 72 horas.

Fonte: Tribuna Independente / Carlos Amaral

(Foto: Márcio Ferreira / Agência Alagoas)