A expetativa do primeiro momento de um governo novo, eleito com o discurso de combate à velha política, deixou muita gente no chamado “compasso de espera”.

Assim se iniciou o governo Bolsonaro.

Viu-se logo que não iria dar certo, o próprio presidente Jair Bolsonaro alternava-se entre ataques e afagos à classe política, de onde provém, e ao próprio Supremo Tribunal Federal, como admitindo que não iria dar certo a estratégia inicial; que a “nova política” é conversa para enganar eleitor trouxa, porquanto não existe política velha ou nova, existe apenas política.

Sendo assim, Bolsonaro já fechou com o chamado “centrão” e escolheu o deputado alagoana Arthur Lyra para ser o seu permanente “oficial-de-dia”, na Câmara. E Lyra está com tanto prestígio junto a Bolsonaro, que conseguiu demover o presidente da ideia de acabar com o Fundeb.

Na votação sobre a manutenção ou não do Fundeb, a ala do governo contrária à manutenção do fundo, perdeu, mas Lyra cumpriu fielmente o seu papel de avisar ao presidente, com antecedência, qual a tendência do resultado.

Lyra disse a Bolsonaro que o governo perderia caso insistisse em não negociar com a Câmara. Imediatamente, o presidente mudou de ideia e até comemorou o resultado da manutenção do fundo.

E assim o “oficial-de-dia” do governo, o deputado Arthur Lyra, faturou dos dois lados, pois votou favorável à manutenção do Fundeb e ainda convenceu o deputado Eduardo Bolsonaro a votar favorável também.

BLOG Roberto Villanova
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